Um dedicadíssimo incentivador da boa música, Frank Otto Mathias Graf morreu na tarde desta terça-feira (17) em Curitiba (PR), aos 73 anos, depois de lutar por cerca de um ano contra um câncer. Filho de uma pianista brasileira e de um instrutor de vôo alemão, ele nasceu na cidade de Halberstadt, na Alemanha, e veio com a família para o Brasil ainda bebê. Em Blumenau, dedicou a vida profissional à cultura e à arte – com um amor especial pelas notas musicais -, deixando um legado de projetos como a Orquestra da Furb e uma legião de músicos amadores e profissionais que encorajou ao longo da carreira.

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Professor e maestro no Teatro Carlos Gomes e na universidade – onde ainda fundou uma jazz band e produzia programas de rádio sobre música clássica, dois dos gêneros musicais que mais apreciava -, Frank Graf também atuou como secretário de turismo e cultura em Blumenau no começo dos anos 1990. A vocação religiosa o levou a uma graduação em Teologia e ao cargo de diretor de música sacra da Igreja Luterana.

– Compartilhar a vida com ele foi um aprendizado diário, que fortaleceu em mim valores como a religiosidade, ética e a importância de se viver os momentos em família e com amigos – testemunha Rolf Geske, que conheceu Graf há mais de 20 anos e tinha no maestro a figura de um pai sempre presente.

Em dezembro de 2014, Frank Graf marcou presença na homenagem que a Orquestra da Furb prestou a ele, durante as comemorações de 50 anos da universidade. Era a última cortesia ao fundador da sinfônica, que ao se aposentar há quatro anos se mudou para a praia de Pontal do Sul, no Paraná, realizando um sonho antigo.

O maestro deixa a esposa Anelise, duas filhas – Henriette e Gabriele Ina – e três netos. O velório ocorre no Cemitério Vertical, no bairro de Tarumã em Curitiba, com culto de corpo presente nesta quarta-feira (18), às 15h.

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