A primeira associação 100% feminina da Santa Sé, “Mulheres do Vaticano”, anunciou nesta quarta-feira a sua criação para reunir as funcionárias do Estado do Vaticano e de todas as instituições dependentes deste.

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Trabalham ali 750 mulheres, laicas e religiosas, o que representa aproximadamente 19% dos funcionários em um mundo.

A Cúria (governo do Vaticano) conta com apenas duas italianas em postos de responsabilidade – uma laica e outra religiosa.

A primeira mulher funcionária entrou para a Santa Sé em 1915 para se ocupar dos arranjos florais. A partir da década de 1960 e do Concílio Vaticano II, que abriu a Igreja ao mundo, as mulheres foram se tornando cada vez mais numerosas.

A nova associação, presidida por uma jornalista americana da Rádio Vaticano, Tracey McClure, já conta com 50 membros.

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A associação busca “criar uma rede de amizade, de intercâmbio e de solidariedade” e “prestar atenção às mulheres menos afortunadas para consolar seu sofrimento”.

Seus membros também compilaram todos os comentários papais sobre as mulheres, de 1949 a 2016.

O papa Francisco expressou em várias ocasiões a vontade de remediar a desigualdade entre os gêneros no exercício de responsabilidade, embora tenha reiterado a oposição da Igreja a que mulheres sejam ordenadas.

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