O Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da ABTO, classificou Santa Catarina com o melhor índice de doadores de múltiplos órgãos por milhão de população no primeiro semestre de 2016. O Estado alcançou a marca de 34,9 doadores pmp, taxa que confirma a liderança catarinense no ranking nacional. A média do país é de 14,0 pmp.

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Atualmente no Brasil, mais de 33 mil pessoas aguardam pela doação de um órgão. O Brasil ocupa o segundo lugar do mundo em número de transplantes, segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos). Mas, a crise que vivemos em muitos setores do país, inclusive na saúde, parece ter atingido também a doação e o transplante. Segundo dados da associação, neste semestre, houve queda não apenas em relação às previsões de crescimento, mas também em comparação com 2015.

A taxa de doador efetivo em 2015 foi de 14,1 pmp (doadores de múltiplos órgãos por milhão de população). E a previsão para este ano é 16 pmp. Ou seja, 7,1% menor que o ano passado e 18,1% abaixo da previsão. O lado positivo é que o Brasil é referência mundial em transplantes. Em 2015, foram realizadas 23.666 cirurgias em todo o país.

A Fundação Pró-Rim, localizada em Joinville, está entre as onze instituições que mais realizam transplantes de rim, dentre os 82 centros do Brasil e é referência nacional neste setor. A entidade junto com o Hospital Municipal São José já realizou 1.461 transplantes nos últimos 29 anos e é uma das poucas no ranking que não fazem parte de complexo universitário e acompanha a média nacional de transplantes.

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Em Santa Catarina, na lista de transplantes da Fundação Pró-Rim são quase duzentos pacientes que, enquanto aguardam por um rim, precisam se submeter ao tratamento de hemodiálise. O transplante renal para esses pacientes é mais uma forma de tratamento, afinal a doença renal crônica não tem cura, mas pode promover a qualidade de vida aos que conseguem o órgão.

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Pacientes buscam esperança em Santa Catarina

Cerca de 40% dos pacientes renais que chegam à Fundação Pró-Rim, em Joinville, para a realização do transplante, são provenientes de outros estados. Para quem aguarda a doação de um rim na Fundação, a média de espera por um novo órgão é de seis meses. O motivo principal que faz um paciente migrar para Santa Catarina é que a lista de espera por um rim é uma das menores do país. Isso se dá porque é alto o número de doações de órgãos no Estado. Os números positivos se devem ao trabalho profissional das equipes de captação de órgãos que são treinadas para identificar possíveis doadores e abordar as famílias da forma mais correta.

Conscientização

A Fundação Pró-Rim está constantemente engajada em campanhas de conscientização de doação de órgãos. Para marcar a data, este ano vai realizar ações no Shopping Mueller, em Joinville (SC).

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No dia 27/09, profissionais do ambulatório de transplante renal da Pró-Rim realizam um bate papo sobre doação de órgãos na praça central do shopping, às 10h30 e às 19h30 com a participação de pacientes que passaram pelo transplante. Uma verdadeira troca de experiências.

Associada à Semana de Doação de Órgãos, a Pró-Rim lança a campanha solidária “Doação, um ato de amor” com arte exclusiva criada pelo artista plástico Luciano Martins e estampada em uma camiseta que será destinada a todos que apoiarem a causa. O valor arrecadado será destinado para melhorias no ambulatório de transplante renal da Pró-Rim, que recebe mais de 1000 pacientes de todo o país em preparo e acompanhamento para a cirurgia.

“O nosso principal objetivo é mostrar a população a importância da doação de órgãos na vida de quem aguarda por um transplante, seja de rim ou de outros órgãos”, explica o presidente da Fundação Pró-Rim, Dr. Marcos Alexandre Vieira.

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