Dois servidores da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano conseguiram resgatar as informações de 108 mil pessoas enterradas no cemitério São Francisco de Assi, no bairro Itacorubi, em Florianópolis. Na terça-feira (30), o único computador do local foi furtado por assaltantes. Nele estavam cadastradas as 36 mil sepulturas, que tem média de três corpos por unidade, além de 736 gavetas e sete ossuários completamente lotados.

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O medo dos funcionários era perder os dados, principalmente quanto à localização dos corpos. Fernando Westphal, chefe do sistema de informática da SMDU, e Lucas Nicoloso, também funcionário da entidade, conseguiram localizar um backup dessas informações, pelo menos até abril de 2016. O restante está em arquivos físicos na sala de administração do cemitério.

— Nós estamos trabalhando num projeto para mudar o sistema do cemitério. Todos os arquivos ficarão registrados na na nuvem do Ciasc (Centro de Informática e Automação de Santa Catarina), e não no computador do cemitério. Esse é um sistema muito antigo, há tempos nós tentamos a troca dele — informa Fernando.

Enquanto isso, um notebook foi cedido pela Secretaria para os funcionários do cemitério. O problema é que o local é constantemente alvo de assaltantes, conforme relata a funcionária terceirizada Eva Maria Basílio.

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— Em três meses que estou aqui, esta é a segunda vez que nos assaltam. No penúltimo assalto, levaram o micro-ondas do refeitório. Nesse, além do computador, levaram até a nossa bombona de água mineral.

Obras paradas deixam caixões expostos no cemitério do Itacorubi