O Centro de Triagem (Centri) de Palhoça, na Rua Amaro Ferreira de Macedo, marginal da BR-101, fechou as portas no final da manhã desta terça-feira. Funcionários pedem reajuste salarial de 8 % por ano trabalhado e uma regulamentação do lugar.

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Criado provisoriamente para atender a demanda durante o surto de H1N1, no inverno de 2009, o Centri foi mantido em funcionamento por determinação do Ministério da Saúde, mas passou a funcionar como Pronto Atendimento 24 horas, com um fluxo de 300 pacientes por dia (média). Uma reunião para tratar do assunto está marcada com o prefeito Camilo Martins, às 17h desta quarta-feira. Com o compromisso, as portas do Centri foram abertas por volta de 16h, mas com um ritmo mais baixo de atendimento.

Funcionários temem exoneração

Nenhum dos 72 funcionários do local, que ao longo dos anos passou a funcionar como um pronto atendimento 24 horas, quis dar entrevista. Temem uma exoneração em massa.

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Segundo explicaram, os contratos de servidores, técnico em enfermagem, enfermeiros e médicos do lugar nunca foram apresentados e eles estão vulneráveis. Os profissionais não recebem vale alimentação (fazem o turno de 12 horas) e precisam dividir os custos da água para consumo, muitas vezes.

Secretário pede calma

O secretário municipal de Saúde, Rosinei de Souza Horácio, nega que tenha feito qualquer ameaça de exoneração coletiva. Apesar de estar a frente da pasta desde abril de 2012, ele disse que os funcionários deveriam dar um tempo para o prefeito “sentar direito na cadeira”.

– O cara acabou de assumir (posse no dia 10 de junho). Deixa ele tomar par da situação – defendeu.

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Mesmo assim, Rosinei adiantou que não seria possível pagar os 8 % de reajuste pelos três últimos anos, pois o contrato não previa tal correção no salário.

– Vai ser acordado um novo contrato, com um aumento de produtividade para compensar o que foi perdido no último ano. Amanhã vamos apresentar uma nova proposta e tudo vai ser resolvido _ afirmou.

Segundo Rosinei, os profissionais do Centri vão ser transferidos para a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas assim que a obra estiver finalizada, no prazo de três meses.

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A previsão é que a nova UPA atenda por mês uma média de 12 mil pessoas, com 400 consultas diárias _ apenas 100 a mais que o Centri atende atualmente. São 1,6 mil metros de área construída no bairro Bela Vista, próximo da BR-282, em Palhoça.