Aproximadamente oito funcionários do Casep de Blumenau cruzaram os braços ontem, segundo o coordenador da unidade, Ivan Góes – outras cidades prometem greve para segunda-feira, em obediência à determinação sobre o prazo de 72 horas após o anúncio da paralisação.
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Os funcionários protestam contra o atraso no pagamento de março, que deveria ter sido efetuado até o quinto dia útil deste mês. Por lei deve ser mantido pelo menos 30% do atendimento aos jovens, o que corresponde à manutenção dos serviços básicos nas áreas da alimentação, higiene e saúde. Segundo a ONG Opção de Vida, que administra o Casep, cerca de 30 agentes estão contratados atualmente na instituição.
O Departamento de Administração Socioeducativa (Dease) foi consultado pela reportagem, mas não retornou ao contato. A gerente administrativa da ONG, Leocádia Riba, disse que a Polícia Militar foi acionada.
Gerente estuda alternativas para garantir os serviços
A decisão sobre a paralisação foi tomada durante assembleia realizada quarta-feira em Joinville, onde também os funcionários do Casep irão paralisar as atividades, segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, Orientação e Formação Profissional do Estado de Santa Catarina (Senalba), Joaquim Carneiro Neto. Representantes do Casep de Blumenau e da ONG Opção de Vida participaram da reunião.
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– A greve vai permanecer até que seja feito o pagamento de março – afirma o presidente.
A gerente administrativa da ONG, Leocádia Riba, adianta que, caso se descumpra a exigência de manutenção dos 30% dos serviços básicos, a organização pode pedir ao Estado a mudança dos adolescentes – hoje são cerca de 10 internos – para outro Casep. Outra alternativa, segundo ela, seria a transferência de uma equipe de funcionários para Blumenau.
– É uma situação desgastante para todos. O Estado não consegue honrar o convênio – diz ela, lembrando que os salários de janeiro e fevereiro só foram pagos em 16 de março.