Funcionários de uma distribuidora de material de construção na área industrial de São José renderam um assaltante até a chegada da Polícia Militar, na tarde desta sexta-feira (7). O roubo começou por volta das 14h e durou cerca de dez minutos. Ninguém ficou ferido.

Continua depois da publicidade

Um homem e um adolescente de 17 anos chegaram no galpão onde fica a empresa armados com uma pistola .765.

– Apontaram a arma para mim e perguntaram pelo dinheiro. Eu disse que a empresa não guarda nada. Eles falaram: tem dinheiro sim, a gente sabe que tem – contou a primeira funcionária rendida pela dupla.

Os assaltantes roubaram o celular dela e um colega de trabalho teve que segurá-la.

Continua depois da publicidade

– Ela queria partir para cima deles e gritava: quero meu celular, quero meu celular! Um dos assaltantes falou: vou dar um tiro se ela não calar a boca, segura ela – contou o colega da funcionária de 18 anos.

Para intimidar os reféns, um dos assaltantes gritava:

– Estou louco, vou matar um! –

Enquanto o assalto se desenrolava, alguns trabalhadores entre cerca de 50 pessoas conseguiram pedir socorro.

Antes da chegada da PM, o assaltante mais velho foi rendido por alguns funcionários armados com pedaços de pau.

Continua depois da publicidade

Quando policiais militares do patrulhamento de área e do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) do 7º Batalhão de PM chegaram, o segundo assaltante, o adolescente de 17 anos, se entregou.

Os dois haviam jogado os celulares roubados dos empregados na lata de lixo. Os aparelhos foram recuperados.

A pistola foi dispensada, mas acabou apreendida pela polícia. A dupla foi detida em flagrante e encaminhada a Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de São José. O helicóptero Águia da PM deu apoio na ocorrência.

Continua depois da publicidade

Expulso do colégio na 6a série

O adolescente de 17 anos não tinha passagem pela polícia até este assalto, de acordo com a PM. Perguntado por que se envolveu no roubo, ele contou à reportagem que precisava de dinheiro.

– Não trabalho. Agora voltei a estudar. Estou fazendo supletivo para terminar a 8a série – disse o jovem estreante no crime.

Ele disse que repetiu de ano na 4a série e na 6a série foi expulso do colégio.

– Porque fiz uma brincadeira com o supervisor. Falei que não entrava água no cabelo dele -.

O adolescente contou que antes de ser expulso teve diversas suspensões.

– Eu gazeava muita aula. Não tinha interesse pelo estudo – .