Seis funcionários do serviço comunitário do município de Boyeros, em Havana, foram condenados a penas entre um e 10 anos de prisão pelo desvio de mais de 390 mil dólares entre 2012 e 2014, informou nesta sexta-feira o jornal oficial Granma.
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“Acusado pelos crimes de corrupção, falsificação de documentos bancários e de comércio e violação do dever de preservar os bens de entidades econômicas, foram impostas sanções entre um e dez anos de prisão, além da responsabilidade civil, aos seis envolvidos”, divulgou o jornal.
Uma sétima pessoa, a subdiretora econômica da empresa, foi acusada à revelia, pois saiu do país antes de serem serem concretizadas as sanções operativas”, indicou.
Segundo a denúncia, a ação dos acusados prejudicou “os trabalhadores, que não recebiam os utensílios necessários para efetuar suas atividades, pois os recursos concedidos nunca chegaram a seu destino”.
Além disso, “a população do território que teve que sofrer com o deterioramento dos serviços relativos à coleta de lixo e outras ações de higienização. A não execução de determinadas atividades também revela que foram desviadas quantias consideráveis”, completou.
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A coleta de lixo é o grande problema da capital cubana há alguns anos devido ao alto volume que é gerado e também ao mecanismo de coleta insuficiente, o que provoca pequenas montanhas de dejetos em muitas esquinas da cidade.
A elas se unem escombros da construção civil, devido a obras em casas feitas a partir de facilidades de crédito cedidas pelo governo de Raul Castro há dois anos.
Em novembro de 2014, o jornal Tribuna de La Habana informou que 60 funcionários do serviço comunitário foram detidos e seriam julgados por corrupção.
Dois anos antes, funcionários da mesma empresa estatal, mas de Havana Velha, foram condenados à prisão por um desfalque de forma similar, mas relativo a um montante equivalente a 1,4 milhões de dólares.
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Apesar de as autoridades terem realizado há alguns anos uma busca contra corrupção administrativa nas empresas estatais, o descontrole segue sendo o fator comum que facilita esses delitos, segundo a Controladoria.
* AFP