Funcionários de uma obra pública em Brusque, no Vale do Itajaí, estão vivendo uma situação complicada. O contêiner, que deveria ser utilizado apenas para guardar os materiais de trabalho, se transformou em quarto. O problema, segundo eles, é reflexo da falta de pagamento.

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Anteriormente, os homens estavam hospedados em um imóvel próximo, já que são de Joinville e estão na cidade apenas para executar um contrato com a prefeitura. Sem pagamento, conforme alegam, não encontraram outra opção até que a empresa Forte Roche Construtora os pague.

— Hoje é o 48º dia que a gente está sem receber nenhuma verba. A gente estava em um apartamento, mas fomos despejados. A alimentação também foi cortada. Não temos outra alternativa a não ser ficar nessas condições — lamenta o pedreiro Zaqueu Felisberto.

Os funcionários não voltam para casa por medo de ficar definitivamente sem receber. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque, Izaias Otaviano, acompanha a situação de perto para tentar garantir que o pagamento seja feito integralmente, independente de os profissionais estarem ou não na cidade.

A obra em que trabalham é da prefeitura de Brusque. Trata-se da reforma de uma unidade de saúde para deixá-la dentro dos padrões de acessibilidade. Um investimento de R$ 120 mil. Os trabalhos começaram em junho com prazo de entrega em outubro, mas a obra está parada.

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A administração diz que já notificou a Forte Rocha Construtora, vencedora da licitação, pelo atraso nos serviços e que agora pretende romper o contrato.

— Estamos analisando juridicamente, mas a previsão é que seja feito o distrato do contrato porque a empresa não está cumprindo as cláusulas, que é ter os funcionários registrados e com o pagamento em dia — explicou a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura de Brusque, Andréa Volkmann.

Em nota, por meio do advogado Geyson Silva, a empresa afirmou que “falou com o presidente do sindicato da categoria em Brusque na manhã desta sexta-feira e já está resolvendo todo e qualquer contratempo junto aos ex-funcionários no âmbito trabalhista. Já com a gestão pública, busca-se uma resolução pacífica da demanda junto Município, uma vez que a obra ainda encontra-se dentro do prazo”.

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