Um funcionário terceirizado da Receita Federal foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (15), no Oeste de Santa Catarina. Ele é suspeito de desviar celulares e aparelhos eletrônicos, que eram apreendidos pelo órgão, para revendê-los. Uma loja de eletrônicos também é investigada.
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De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início após uma servidora da Receita Federal, ao retornar de férias, perceber a ausência de alguns iPhones e, desconfiada, denunciou o caso. Durante a apuração, eles descobriram que um estagiário estaria subtraindo os aparelhos e os repassando para um lojista da região.
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O suspeito vendia os celulares por um preço abaixo daquele oferecido pelo mercado. Por sua vez, o dono do estabelecimento revendia os produtos aos clientes como se fosse de maneira lícita.
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Nesta quinta-feira, a PF deflagrou a Operação Fidúcia e cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa do estagiário em Dionísio Cerqueira, no Oeste catarinense, e na loja que fica em Barracão, no Paraná. O objetivo, segundo o delegado Francinaldo de Souza, é recolher alguns aparelhos e provas que possam auxiliar nas investigações. Ninguém foi preso.
A investigação apura os crimes de receptação e peculato, com penas que podem chegar a doze anos de reclusão.
Em nota, a Receita Federal informou que a denúncia partir da própria Alfândega e de que não foram encontrados indícios da participação de servidores na prática, apenas de um “estagiário temporário”. O órgão disse, ainda, que não foi notificado sobre o resultado do inquérito e que caso a hipótese inicial seja confirmada, irá afastar o suspeito das funções.
“A Receita Federal ainda não recebeu oficialmente da Polícia Federal o resultado do inquérito, mas, caso seja confirmada a hipótese inicial, irá realizar o afastamento do estagiário e aplicar as sanções administrativas e legais cabíveis, resguardado o direito do acusado à ampla defesa. Apesar do suspeito não ser um servidor do órgão, a Receita Federal reitera que investe em sistema de controles e na formação ética de seus quadros, com sua corregedoria agindo ativamente em casos de desvios de conduta”, diz a nota.
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O nome Fidúcia faz referência ao modo de agir dos investigados, “pela ousadia de subtrair produtos de dentro de um órgão público federal, além de ostentarem em suas redes sociais os objetos do crime”, segundo a Polícia Federal.
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