O funcionário de 28 anos que invadiu a casa do ex-chefe em Balneário Gaivota, Sul de SC, na manhã de segunda-feira (5), mandou mensagem ameaçando matar a família feita refém caso a polícia fosse chamada. O sequestro durou cerca de 10 horas e o homem foi morto pela polícia.

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Em uma série de mensagens, enviadas pelo celular da esposa do ex-chefe, que estava entre os reféns, o invasor fez ameaças e chegou a mandar uma foto da mulher. “Só vou te falar uma coisa [se chamar] polícia tua família morre”, ameaçou.

— Saí desesperado no trânsito para chegar e salvar minha família. Ele usou o tempo todo o telefone da minha esposa para falar com os policiais, comigo e com amigos e familiares dele – relata Marnei Gonçalves Sérgio, 38 anos, ex-chefe do homem.

O crime aconteceu um dia depois da demissão do sequestrador na empresa de construção civil. Ele trabalhou no local por apenas dois dias. Segundo a esposa de Marnei, Kézia Gonçalves, 36 anos, isso aconteceu porque ele não se adequou ao trabalho.

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— Ele [o funcionário] concordou, falou que tudo bem. Só que na segunda-feira ele pulou o muro e fez isso — conta Kézia.

Marnei e a esposa são pais de uma criança de quatro anos e de dois adolescentes de 15 e 16 anos. Na manhã de segunda-feira, o empresário saiu para trabalhar por volta das 6h e o resto da família estava em casa.

Kézia dormia quando o ex-funcionário invadiu a casa perto das 8h. Ele foi até o quarto do casal e armado com uma faca disse à comerciante que tinha amarrado Marnei na sala e ordenou que ela não gritasse.

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A informação era mentira já que o empresário não estava na residência. Mesmo com a ordem a comerciante gritou por ajuda e os filhos foram até o cômodo.

— Foi triste. Ele estava desequilibrado e por mais que ele falasse que não iria nos ferir ele andava com uma faca enorme de um lado para outro. […] A pessoa assim pode fazer qualquer coisa — afirma.

Pelo celular de Kézia, o homem mandou também mensagens para familiares e falou com a polícia durante as horas do sequestro.

Resgate e morte do suspeito

Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil se deslocaram para o local e negociaram com o homem. Ele acabou liberando o filho mais novo de quatro anos e a adolescente de 15 por volta das 11h. Pouco tempo depois, o rapaz de 16 anos foi solto pelo sequestrador.

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Sozinho com Kézia, o homem teria começado a se desculpar pela ação. A comerciante afirmou ele parecia estar sob efeito de drogas e que a todo momento pedia perdão para a própria família.

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— Quando ele me soltou, olhou dentro dos meu olhos e pediu desculpa e eu saí. Nisso eu só vi ele indo em direção da polícia com a faca. Daí eu só escutei os estrondos, barulhos — revela.

O homem liberou Kézia e, segundo a polícia, partiu com a faca para cima dos agentes que reagiram com tiros. Um inquérito policial será aberto para apurar as circunstâncias do caso.

Peritos do IGP foram acionados para os levantamentos. O total de tiros disparados contra o sequestrador não foi informado pela polícia. A polícia também busca informações no Rio Grande do Sul, estado natal do homem, sobre antecedentes criminais.

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