Uma idosa que estava trancada aos fundos de uma casa de repouso morreu após um incêndio e duas funcionárias do local foram acusadas pela morte da mulher, de 67 anos. O caso aconteceu em uma instituição no bairro Anita Garibaldi, em Joinville, no dia 2 de novembro do ano passado. Os bombeiros chegaram a arrombar a porta do cômodo em que a vítima estava aos chutes, mas a encontraram já sem vida.

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Conforme a ação penal, o espaço em que a idosa estava havia sido interditado pela Vigilância Sanitária por meio de medida cautelar e, portanto, foi exigido de forma imediata que os idosos dos quartos em manutenção fossem realocados devido “ao risco iminente à integridade física e à saúde dos idosos”. A instituição estava impedida, ainda, de admitir novos idosos.

O documento ainda cita que “o local onde a vítima estava acomodada era situado na parte dos fundos da casa, possuía fiação exposta, tranca na porta pelo lado de fora e estava interditado desde o dia 20 de setembro de 2022, não podendo ser utilizado para acomodação de pessoa idosa”.

Mesmo com a determinação do órgão competente, a proprietária e a responsável técnica do estabelecimento decidiram colocar a idosa naquele quarto, “deixando-a isolada em um momento de surto, na noite anterior ao incêndio, não lhe dando chance de sobreviver ao incêndio”, cita a promotoria.

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O MP ainda menciona na ação penal que as denunciadas, embora não quisessem a morte da vítima, teriam assumido o risco de provocar o ocorrido, “em especial a de deixar a idosa trancada em um quarto com fiação exposta”. 

Relembre o caso

O fogo começou por volta das 7 horas do dia 2 de novembro de 2022 aos fundos da casa de longa permanência. Além da idosa que morreu, pelo menos outros 44 viviam no local e não se feriram gravemente. 

O incêndio se espalhou rapidamente, causando muita fumaça. A vítima estava sozinha em um dos quartos e morreu no local, onde vivia há 3 anos. Pelo menos dois cômodos foram atingidos.

À época, a causa do fogo não foi informada.