Após a publicação da decisão do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) na noite de quarta-feira, a Habitasul, empresários dos beach clubs e representantes da Associação de Proprietários e Moradores de Jurerê Internacional (Ajin) avaliaram os impactos das determinações da desembargadora Vânia Hack de Almeida no funcionamento dos negócios no norte da Ilha de Santa Catarina. Para os donos das casas noturnas, a demolição de áreas externas e decks obrigaria os empreendimentos a uma readequação.
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Marcio Escher, dono do 300 Cosmo Beach Club, afirma que já tem uma ideia do que precisará demolir no prédio à beira-mar se a decisão for executada. A estrutura externa e o deck estão na relação de passíveis de destruição. No entanto, o empresário acredita que será necessária uma análise da perícia para analisar exatamente o que será derrubado caso a sentença seja mantida.
— A decisão com certeza inviabiliza a forma atual como são explorados os beach clubs. Vamos ter que nos reinventar para continuar trabalhando — diz.
Escher é dono de casas noturnas em Porto Alegre e em Punta del Este, no Uruguai. Desde 2015, mantém o 300 Cosmo, em Jurerê. Para ele, a demolição dos decks também prejudica o atendimento durante o dia na praia.
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— O quiosque fechado e longe da praia não é tão atrativo para os visitantes. Atrapalha muito o turismo. Se a decisão for levada a cabo, teremos que mudar a estratégia — afirma.
De acordo com o empresário, o empreendimento gera 30 empregos diretos e 50 indiretos de outubro a maio. Escher afirma que os funcionários estão apreensivos com o impasse.
Leandro Adegas, dono do La Serena (antigo Taikô), afirma que ainda não tem certeza do que será demolido pela decisão. Desde 2001 no espaço, o empreendimento passou pelas principais reformas em 2004, portanto, antes do termo de ajustamento de conduta (TAC) que a desembargadora cita na decisão.
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— A sentença traz segurança jurídica, porém inviabiliza a forma atual como o negócio é explorado hoje — diz Adegas.