A fumaça das queimadas da Amazônia, que atingiu Santa Catarina nesta semana, causam, além das mudanças na paisagem, aumento do risco de problemas de saúde, principalmente quadros de complicação respiratória. Desde a última quinta-feira (8), cidades do Oeste de SC registraram a presença da fumaça que também interferiu na paisagem de Florianópolis nesta sexta-feira (9).
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— Essa fumaça vem da região Amazônica e está associada à condição das queimadas. Nesta época do ano, é mais comum por conta do tempo mais seco, e é possível ver essa condição através das imagens de satélite — explicou o meteorologista da Defesa Civil de SC, Caio Guerra, em entrevista ao NSC Notícias.
De acordo com a médica de família e comunidade, que estuda os efeitos das mudanças ambientais na saúde da população, Mayara Floss, as partículas minúsculas podem resultar em diferentes inflamações no organismo humano.
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— Os principais riscos da poluição do ar estão associados às partículas finas ou material particulado, principalmente o que chamamos de MP 2,5 que é menor que um fio de cabelo. Quando estas partículas são inaladas, elas penetram diretamente na circulação e desencadeiam uma cascata inflamatória que, por exemplo, aumenta o risco de morte por acidente vascular cerebral (ou derrame), infarto cardíaco, entre outros. A poluição do ar pode causar arritmias cardíacas que podem levar a infarto ou derrame, e está relacionada com hipertensão, asma, rinite, diabetes e até infertilidade — afirma a médica.
Em dias de clima seco e umidade baixa, neste caso, também com os efeitos da fumaça no Estado, pacientes com doenças crônicas precisam prestar atenção aos sintomas:
Fumaça de queimadas da Amazônia chega no Oeste de SC
— A principal maneira de prevenirmos isso é pararmos de queimar a Amazônia e outras florestas ou formações vegetais no Brasil e no mundo. Pontualmente o uso de máscaras n95 podem ajudar a diminuir o risco e a filtrar os materiais particulados, máscaras cirúrgicas ou caseiras não são recomendadas. Pacientes com maior riscos para doenças crônicas como asmáticos, hipertensos e diabéticos devem estar mais atentos para piora dos sintomas e aumento do risco de exacerbações ou eventos cardiovasculares e pulmonares.
Segundo o Ministério da Saúde, a falta de umidade pode causar irritação nas vias aéreas, e os olhos também podem incomodar. Para amenizar os sintomas, a pessoa deve se hidratar bem, preferencialmente com água, sucos naturais e água de coco. A população também pode recorrer ao uso de soro fisiológico para hidratar as vias áreas, com gotas nos olhos e no nariz em caso de necessidade.
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