Encontrada na manhã dessa terça-feira (13) após ficar 13 dias desaparecida no Rio Grande do Sul, a empresária Daniela Cristina Guterres Moraes, moradora de Capinzal, no Meio-Oeste catarinense, prestou um depoimento inicial à Polícia Civil gaúcha. Ela disse que passou o período vagando pela mata, após ter brigado com a irmã. Sua intenção era voltar a Santa Catarina.

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Daniela foi encontrada por volta das 11h, em uma residência em Teutônia, mesma cidade onde desapareceu. Ela pediu ajuda a um morador da região por conta da chuva e porque estava com fome. O homem reconheceu a mulher e acionou a Brigada Militar (BM), que a encaminhou para um hospital.

Ao ser achada, a empresária estava mais magra e apresentava confusão mental, mas estava sem ferimentos, conforme a delegada Shana Luft Hartz, titular da 19ª Delegacia Regional de Polícia, no estado gaúcho. Em relato inicial, Daniela disse que passou os 13 dias bebendo água de rios e se alimentando de frutas e espigas de milho que encontrava pelo caminho.

A empresária disse ainda que decidiu deixar a casa da irmã biológica, onde estava hospedada, após as duas brigarem. Ela saiu da residência no dia 31 de janeiro, apenas com a roupa do corpo e o celular, com a intenção de chegar a Santa Catarina. Para isso, usou o GPS do aparelho, mas ficou sem bateria no meio do trajeto. Ela também gravou vídeos de momentos seus na mata.

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Daniela continuava no hospital até o fim da tarde desta quarta (14) e deve prestar um depoimento formal à Polícia Civil assim que for liberada. Enquanto isso, as autoridades averiguam o relato prestado por ela. Segundo a delegada Shana, algumas informações batem com o que foi investigado até agora.

Parte da família de Daniela, que mora em Mafra, no Norte de Santa Catarina, foi ao Rio Grande do Sul após a empresária ter sido encontrada. Eles negam que ela tenha problemas psiquiátricos.

Desaparecimento da empresária

Daniela tem 34 anos e estava no município gaúcho na casa da família biológica. Natural do Rio Grande do Sul, ela foi adotada aos cinco anos e se mudou para Mafra, no Norte de Santa Catarina. Nos últimos anos, vivia com o então marido e a filha de 9 anos em Capinzal.

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Em 2023, Daniela fechou a empresa de alongamento de cílios e estética que tinha na cidade do Meio-Oeste. No mesmo ano, houve uma reaproximação da empresária com a família biológica, que vive em Teutônia.

Conforme o delegado José Romaci Reis, titular da delegacia de Teutônia, ela visitava a família no Rio Grande do Sul com frequência. Ela havia ido ao Estado uma vez em julho de 2023 e voltou em dezembro. Antes de desaparecer, segundo o delegado, a empresária disse a testemunhas que iria se mudar definitivamente para a cidade gaúcha, pois havia se separado do marido. A filha do casal ficou com o pai em Capinzal.

A irmã adotiva de Daniela, Flávia Alessandra, que vive em Mafra, diz que ela foi ao Rio Grande do Sul pela última vez apenas para passear. Segundo Flávia Alessandra, a empresária pretendia voltar a morar em Mafra, onde iria reabrir o negócio de extensão de cílios. Desde que sua clínica fechou em Capinzal, ela vinha trabalhando com mentorias online na área da beleza.

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