O outono em Santa Catarina ganhou neste ano cara de inverno, com neve registrada já em maio, o que não ocorria no mês há 15 anos, e temperaturas mais baixas no início de junho. O principal motivo para isso é um fenômeno de escala global.
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O metereologista Marcelo Marins, da Epagri/Ciram, explica ser comum a parte final do outono, considerada uma estação de transição, já ganhar características de inverno. Neste ano, no entanto, a friaca foi adiantada e tem sido intensificada por influência do fenômeno La Niña. Ele é reconhecido por especialistas quando se identifica a queda da temperatura superficial do oceano Pacífico na altura da linha do Equador.
A mudança altera a evaporação da água e a circulação dos ventos na região, criando um efeito em cadeia no clima de impactos no mundo todo. Em Santa Catarina, o fenômeno torna mais frequentes as chegadas de massas de ar frio, o que explicam a friaca.
— Meteorologicamente, já estamos no inverno faz um tempo, desde a segunda quinzena de maio — diz Leandro Puchalski, metereologista da NSC.
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Ela cita que, também no mês passado, o Estado teve temperaturas menores que o padrão. Segundo a Epagri/Ciram, Santa Catarina chegou a registrar mínima de -5,4ºC em maio, no último dia 20, dois dias após queda de neve.
O registro se deu justamente em meio a uma dessas massas de ar frio tornadas mais frenquentes pelo La Niña. Agora, uma nova massa ar polar derruba as temperaturas no fim de semana, com expectativa de registros de até -7ºC e geada.
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