O frentista Antonio Poltronieri, 48 anos, que matou um assaltante com um tiro no peito na noite de quinta-feira, em Chapecó, disse que teve mais medo olhando as imagens do que na hora do tiroteio. Poltronieri falou que a arma usada por ele era uma herança de seu avô.

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Poltronieri deve ser indiciado por porte ilegal de arma. Ele não tinha registro da arma, mas deverá responder em liberdade pelos dois crimes.

De acordo com o delegado Cláudio Menezes Vieira, as imagens das câmeras de segurança da loja de conveniência do posto de combustível mostram que o frentista agiu em legítima defesa. Além disso, ele considera que há um atenuante no uso da arma. Recentemente, houve outro assalto ao estabelecimento e o frentista alegou que usava a arma como defesa pessoal. O inquérito será encaminhado ao Fórum em 30 dias.

Poltronieri disse que não costumava trabalhar armado.

– Só depois que ocorreu o primeiro assalto. Eu estava de folga quando ocorreu o assalto. Pensei: não vou morrer com a arma em casa – disse.

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As armas do frentista e do assaltante foram apreendidas. Poltronieri deflagrou os seis tiros. Já o assaltante Rogério Cunha fez cinco disparos – dois falharam.

– Se a munição não tivesse falhado provavelmente o frentista teria morrido – disse o delegado.

Vieira vai ouvir colegas de Poltronieri e outras testemunhas. O proprietário do posto, Diomar Santa Catarina, disse que não sabia que seu funcionário estava armado. Ele está assustado com o aumento da violência. O posto tinha sido assaltado no dia 3 deste mês.

– A situação está chegando no limite – afirmou.

Diomar vai ampliar o sistema de câmeras de segurança e contratar mais vigias.

Ele afirmou que seu estabelecimento está “premiado”, referindo-se ao caso de um cliente que agrediu uma frentista, no ano passado.

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A Polícia Civil investiga a participação de mais uma pessoa, que teria dado cobertura ao assaltante. Cunha era foragido da Penitenciária Agrícola de Chapecó.

Assista à reportagem no site da RBS TV