Uma das comunidades mais tradicionais de Florianópolis, a Freguesia do Ribeirão, no Sul da Ilha, receberá investimento para pavimentação. A ordem de serviço para a revitalização da rua Baldicero Filomeno foi assinada na última sexta-feira, 12, e será entregue em nove meses, conforme divulgado pela Prefeitura da Capital.
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A melhoria será realizada em duas etapas, segundo a administração pública. Afinal, a região é considerada patrimônio histórico e apresenta características que modificaram, inclusive, o projeto original da obra.
– O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) recomendou que fizemos todo o trecho em paralelepípedo, mas como não era a vontade dos moradores, conseguimos negociar e faremos uma boa parte em paver, a exemplo do que executamos no Sambaqui – disse o prefeito Cesar Souza Junior.
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A revitalização compreende 1.183 quilômetro – começando na altura do asfalto (número 7.159, sentido Bairro/Centro) e terminando na altura do número 8.254, próximo à escola Dom Jaime de Barros Câmara.
Neste trecho, a Prefeitura irá realizar drenagem e nivelação da rua, calçadas padrão em ambos os lados, sinalização e cinco “Traffic Calming“, uma espécie de redutor de velocidade em pontos estratégicos.
Além disso, será denominado “Zona 30”, ou seja, a velocidade no trecho não poderá ultrapassar 30km/h, a exemplo do que já ocorre na Lagoa da Conceição.
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Paralelepípedo em 330 metros
Para preservar o patrimônio histórico, conforme recomendou o Iphan, dos 1.183 metros, a pavimentação será em paralelepípedo em 330 – do Restaurante Ostradamus até a Igreja. E por se tratar de uma obra delicada, esse trecho será realizado em uma segunda etapa, após a conclusão dos outros 880 metros, que será em paver.
Durante a realização da obra, ou seja, dentro dos próximos nove meses, o trânsito na via será em meia pista, em curtas etapas para não atrapalhar os motoristas.
– Se conclui 70 metros e libera as duas pistas e assim vamos indo para não gerar filas na região, principalmente aos finais de semana. Será uma obra delicada, mas de extrema importância para a cidade, é um dos maiores investimentos da prefeitura em pavimentação de rua – afirmou o secretário de Obras Rafael Hahne.
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Comunidade comemora
Genice Maria dos Santos Costa, de 64 anos, que nasceu e reside até hoje na comunidade, falou que está feliz com o início das obras, já que atualmente nem a pé se pode andar direito.
– Torci o pé, faz tempo que não caminho, porque não tem nem calçada – afirmou.
Sobre a decisão do Iphan, de colocar paralelepípedo no trecho em frente à Igreja Nossa Senhora da Lapa, ela diz que se não for para recolocar as pedras, como lembra ser na sua infância, a rua deveria ser inteiramente de paver.
Marivaldo Pereira, de 78 anos, que mora há 30 anos no Ribeirão da Ilha e foi o primeiro médico da região, também tem boas expectativas sobre a obra.
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– Vai ser uma beleza, ótimo. Porque do jeito que está, tá ruim – disse.