Franklin se degradou para tempestade tropical, nesta quinta-feira (10), depois de atingir o estado de Veracruz, no leste do México, como furacão de categoria 1, e se mantinha a menos de 100 km da capital mexicana, sem provocar danos graves.
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Após ganhar força em sua passagem pelo Golfo do México, Franklin tocou terra na madrugada de quinta-feira como furacão perto da localidade de Lechuguillas, a cerca de 120 km do importante porto de Veracruz, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), com sede em Miami.
Cerca de seis horas depois, já debilitado, se localizava como tempestade tropical 95 km ao leste-nordeste da Cidade do México e se deslocava com ventos sustentados de 65km/h em direção ao sudoeste, de acordo com o boletim das 12H00 GMT (09H00 em Brasília) do NHC.
Até agora “não foi registrado nenhum dano grave de infraestrutura”, disse à rede Televisa Luis Felipe Puente, coordenador nacional de Proteção Civil.
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“Espera-se um enfraquecimento adicional à medida que Franklin se mova sobre o México, e é provável que o ciclone se dissipe” nas próximas horas, acrescentou o NHC.
No entanto, concluiu o NHC, ainda se esperam forte chuvas no norte de Veracruz, Puebla, Tlaxcala, Guanajuato, Hidalgo e Querétaro, “capazes de provocar inundações repentinas e deslizamentos que ameaçam a vida”.
Em Puebla, as autoridades estaduais declararam alerta vermelho e prepararam abrigos para a população.
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“As zonas de maior risco são Teziutlán, Huachinango, Zacapoaxtla, Guadalupe Victoria e Coxcatlán. Nesses lugares, conta-se com um total de 572 abrigos temporários com capacidade para mais de 96 mil pessoas”, disse o titular da Secretaria Geral de Governo de Puebla, Diódoro Carrasco.
Em Hidalgo, foram habilitados 400 abrigos, e as aulas dos níveis médio e superior foram suspensas.
Franklin ingressou na terça-feira (8) nas águas do Golfo do México ainda como tormenta tropical, após atravessar a península de Yucatán na véspera. A região foi atingida por fortes chuvas, mas não há registro de danos graves, nem de vítimas.
Por sua localização geográfica e ampla costa, tanto no Pacífico quanto no Atlântico, o México é um dos países mais vulneráveis à passagem dos furacões, com pelo menos dez por ano.
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Em setembro de 2013, o impacto quase simultâneo dos furacões Ingrid e Manuel deixou 157 mortos em Guerrero (sul). Desse total, quase 50 pessoas foram vítimas de um deslizamento na localidade de La Pintada.
* AFP