O ex-atleta namíbio Frankie Fredericks, cujo nome apareceu na imprensa francesa associado a suspeitas de corrupção, anunciou nesta terça-feira sua renúncia da presidência da Comissão de Avaliação dos Jogos Olímpicos de 2024.
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“Renuncio ao meu posto de presidente da Comissão de Avaliação dos Jogos de 2024, já que é essencial que o trabalho importante feito por meus colegas seja considerado realizado de maneira justa e imparcial”, declarou Fredericks em um comunicado transmitido à AFP.
“Paris e Los Angeles apresentam duas candidaturas fantásticas e não quero ser um elemento perturbador nesta grande competição”, acrescentou Fredericks.
Membro do COI desde 2012, o ex-campeão mundial dos 200 metros acrescenta que não participará da votação para a designação da cidade organizadora dos Jogos de 2024, em setembro em Lima.
Na segunda-feira, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) havia anunciado, por sua vez, que Fredericks havia sido substituído no seio do grupo de trabalho da instância sobre a reintegração do atletismo russo acusado de doping institucionalizado.
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Em um artigo publicado no sábado, 4 de março, o jornal francês Le Monde afirmou que Frankie Fredericks recebeu um pagamento de 299.300 dólares no dia da atribuição dos Jogos Olímpicos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Rio, em 2 de outubro de 2009 em Copenhague.
O ex-velocista afirma que a entrega de dinheiro foi feita “em conformidade com um contrato fechado em 11 de março de 2007” “por serviços realizados entre 2007 e 2011” e que o pagamento “não está relacionado aos Jogos Olímpicos”.
Este pagamento era procedente da sociedade do filho do ex-presidente da IAAF Lamine Diack, Papa Massata Diack. Este último é acusado de ter recebido 1,5 milhão de dólares do empresário brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho três dias antes da votação.
* AFP