A última vez que um brasileiro venceu a São Silvestre foi em 2006, quando Franck Caldeira cruzou a linha de chegada na frente. Neste ano, o atleta participará da prova e se diz o único brasileiro capaz de brigas com os africanos, considerados favoritos:
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– Respeito todos os brasileiros e estrangeiros, mas acredito ser o único brasileiro que tem a glória de Deus e o talento de poder brigar de igual para igual com essas feras depois do Marilson (Gomes dos Santos, bicampeão) e do Vanderlei (Cordeiro de Lima) – declarou Caldeira.
Desde 1992, ano em que Simon Chemwoyo conquistou a primeira vitória do Quênia na prova masculina da São Silvestre, os africanos contabilizam 12 triunfos contra apenas cinco dos brasileiros. Após o sucesso de Caldeira em 2006, Robert Cheruiyot ganhou em 2007 e James Kipsang, em 2008.
– Tenho a esperança de fazer com que essa vitória fique no Brasil. É importante não só para o esporte nacional, mas também no aspecto pessoal ter a oportunidade de subir ao pódio como primeiro colocado novamente. A São Silvestre é uma prova difícil e dá para contar nos dedos o atleta que consegue esse feito – disse.
Apesar de mostrar confiança no bicampeonato, Caldeira admite que os africanos preocupam:
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– Eu tenho um medo entre aspas. Na verdade, o que eu tenho em relação a eles é um pé atrás. Tem que ter cuidado com eles. Os africanos são os grandes rivais do Brasil, como a Argentina é no futebol – explicou.
Campeão da São Silvestre nas temporadas de 2002, 2004 e 2007, Robert Cheruiyot é o principal favorito para a prova deste ano ao lado de James Kipsang, que triunfou no ano passado. Os nomes de peso, no entanto, não são suficientes para desanimar Franck Caldeira:
– Sinto mais confiança do que no ano que venci. Estou motivado, esperançoso e feliz. Isso é importante. Independente de quem esteja na prova, acredito mais no Brasil e no potencial que tenho – explicou Caldeira, que se preparou para a São Silvestre na altitude da cidade de Campos do Jordão.