A economia francesa entrará formalmente em recessão no primeiro trimestre de 2009, quando haverá uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) depois do que também se prevê entre outubro e dezembro, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INSEE).

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Em seu relatório trimestral de conjuntura tornado público hoje, o INSEE indicou que após um ligeiro avanço do PIB de 0,1% no terceiro trimestre de 2008, haverá um retrocesso de 0,8% no quarto e outro de 0,4% no primeiro do próximo ano.

A queda deve ser menos pronunciada entre março e junho (-0,1%) graças ao efeito das medidas de relançamento econômico que o governo começou a aplicar, segundo os autores do estudo, que em qualquer caso calculam que na primeira metade de 2009 a baixa acumulada da economia francesa será de 1,1%.

O instituto estatístico, embora não tenha adiantado números para o segundo semestre, assinalou que para terminar 2009 até com estagnação no PIB, cada um dos dois últimos trimestre precisará crescer 1,4% um cenário improvável apesar da “grande incerteza” que persiste.

Caso se cumpram estes cálculos, após um crescimento econômico limitado a 0,8% neste ano – em 2007 tinha sido de 2,1% -, 2009 seria o primeiro ano de recessão na França desde 1993, quando o PIB caiu 0,9%.

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Desemprego

De acordo com o INSEE, esta conjuntura se vai a traduzir em uma forte perda de empregos: 71 mil no conjunto de 2008 aos quais se somarão 169 mil na primeira metade de 2009.

Devido à diminuição dos pedidos, a indústria terá que reduzir sua produção, que se reduzirá em 4% no atual trimestre e em 1,6% no próximo. A tendência será semelhante, embora um pouco menor, na indústria.

O governo francês espera escapar da recessão em 2009 e conseguir uma ascensão do PIB que se situe entre 0,2% e 0,5%.

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