O presidente da França, Nicolas Sarkozy, confirmou nesta segunda-feira que as grandes montadoras de veículos do país, a Renault, a PSA Peugeot Citroën e a Renault Trucks, receberão empréstimos diretos no valor de 6,5 bilhões de euros, desde que não fechem fábricas nem demitam funcionários no país.

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Da quantia anunciada, 3 bilhões de euros irão para a Renault, a que mais precisa de ajuda, outros 3 bilhões serão destinados à PSA Peugeot Citroën e 500 milhões vão ser entregues à Renault Trucks (divisão de caminhões da Renault), anunciou Sarkozy após receber representantes do setor no Palácio do Eliseu.

O empréstimo concedido pelo governo francês, a uma taxa de 6% ao ano, terá que ser quitado até 2014.

Como contrapartida, porém, a Renault e a PSA se comprometeram “a não fechar nenhuma de suas fábricas durante a duração destes empréstimos e fazer todo o possível para evitar demissões”.

O pacote de ajuda ao setor automobilístico anunciado hoje se soma a outros 2 bilhões de euros destinados às entidades de financiamento da Renault e da PSA, a 600 milhões oferecidos a prestadores de serviços e fornecedores e a um aumento nas indenizações por interrupções parciais.

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Sarkozy não descartou que a ajuda às montadores sejam estendidas a outros setores da indústria em apuros.

Por sua vez, a ministra de Finanças do país, Christine Lagarde, fez questão de deixar claro que o plano de ajuda aos fabricantes de automóveis não representa “nenhum relançamento do protecionismo”.

Ao chegar à reunião mensal do Eurogrupo (ministros de Finanças da zona do euro), Lagarde explicou que o objetivo do socorro é fomentar a pesquisa e o desenvolvimento, e melhorar a qualidade dos automóveis.

Lagarde chegou ao encontro com seus colegas da zona do euro decidida a esclarecer as dúvidas sobre a suposta orientação protecionista das medidas do governo francês, e a enfatizar que a medida tem como objetivo contornar os graves problemas de financiamento que a indústria automobilística enfrenta.

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A ministra também lembrou que o Executivo francês já tinha exposto suas intenções à Comissão Europeia (CE, órgão executivo da UE).