Ao completar três anos, a implantação da rede de esgoto em Blumenau vai parar. Mesmo sem previsão no contrato, a Foz do Brasil suspenderá as obras a partir de agosto. A empresa afirma que a interrupção se dará para a revisão do contrato com a prefeitura, redefinição do cronograma de obras e discussão para recalcular o financiamento feito com a Caixa Econômica Federal para a execução dos trabalhos. A retomada das novas frentes de serviço, entretanto, não tem prazo. Pode ocorrer ainda este ano ou até 2015.

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Ao fim desta primeira etapa, 30% da cidade terá cobertura da rede de esgoto. Em Rio Claro (SP), ocorreu uma situação semelhante e a Foz parou os trabalhos por dois anos. Até o fim do ano, a expectativa é que 13 mil unidades (residências e empresas) tenham esgoto tratado em Blumenau. Hoje, são 6 mil. Os consertos nas ruas, porém, continuarão até outubro.

– Essa paralisação é necessária para se repensar um monte de coisas. Não havia previsão de parada porque partia-se do pressuposto que o contrato estaria equilibrado – explica o diretor da concessionária em Blumenau, Sandro Stroiek.

O pedido de reequilíbrio no contrato feito pela Foz à prefeitura – no valor de R$ 118 milhões – está sendo analisado por uma comissão do município. Segundo o diretor, o reajuste contratual já teria diminuído devido ao aumento de 12% no valor da tarifa do esgoto. Os estudos da prefeitura terminam em setembro, quando as duas partes devem discutir o futuro das obras da implantação da rede de esgoto em Blumenau. A ampliação no custo do serviço baseia-se no fato de que o município deveria ter entregado à empresa 23% da rede implantada, mas apenas 4% estavam concluídos quando a Foz chegou.

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A intenção da Foz é repassar ao Samae o prédio que atualmente é usado na Rua Amadeu da Luz para atendimento à população. Esta seria uma forma, de acordo com o diretor, de diminuir os gastos da empresa e reduzir o valor do reequilíbrio financeiro.

Ao assumir a direção no começo deste ano, Stroiek propôs uma série de mudanças a fim de alterar a imagem da empresa diante da sociedade. Uma delas, que entrará em vigor em agosto, será a alteração nas contas de água. A logomarca da Foz não estará mais em destaque nos boletos.

– Com a conta do formato que está, assumimos uma responsabilidade que não é nossa. Atendemos demanda de água e lixo, mas nós cuidamos apenas de esgoto. Com essa parada, vamos buscar uma gestão comercial compartilhada no atendimentos aos clientes – afirma Stroiek.

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O secretário de Gestão Governamental Paulo Costa diz que a prefeitura irá buscar alternativas para reduzir o valor. Por isso, admite a possibilidade da gestão compartilhada entre Foz e Samae:

– Pode existir outras alternativas que não passam pelo pagamento do recurso – afirma Costa.

>> Na edição impressa do Santa desta quarta-feira, leia uma entrevista com o prefeito Napoleão Bernardes e com o diretor da Foz do Brasil, Sandro Stroiek.

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