O aquecimento global está fazendo com que o nível do mar suba rapidamente e, com isso, alguns pontos turísticos consagrados poderão ficar inundados. Pensando nisso, a Climate Central, uma entidade dedicada à análise dos efeitos das mudanças climáticas, desenvolveu um simulador de como ficarão os cartões postais brasileiros em regiões suscetíveis ao risco de inundação.

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Esse cenário pode ser revertido, principalmente se os governos e as grandes corporações adotarem medidas decisivas para lidar com a crise climática. No entanto, o estudo da Climate Center destaca os possíveis cenários caso o nível do mar continue subindo. As paisagens apresentadas estão localizadas em áreas com risco iminente de inundações.

A simulação mostra, do lado esquerdo, como ficariam os cartões postais caso as pessoas mantenham o aquecimento global no patamar atual, em 1,5°C. Do lado direito o infográfico mostra como ficariam as paisagens caso o aquecimento global aumentasse para 3°C. Veja:

Estádio dos Aflitos, Recife

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

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Copacabana Palace, Rio de Janeiro

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Universidade Federal do Rio de Janeiro

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Farol do Mucuripe, Fortaleza

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Usina do Gasômetro, Porto Alegre

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Estação Botafogo/Coca-Cola, Rio de Janeiro

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Elevador Lacerda, Salvador

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Maracanã, Rio de Janeiro

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Ponta da Praia, Santos

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

Casa do Maranhão, São Luís

(Infográfico: Divulgação, Climate Central)

BONUS: Vídeo mostra como ficará a Gávea, no Rio de Janeiro

(Vídeo: Divulgação, Climate Central)


Para o biólogo, estudante de mudanças climáticas e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta, no atual ritmo de derretimento das geleiras, é possível que o cenário apresentado pela Climate Central se confirme.

— Infelizmente as tendências que a gente está vendo não só confirmam essas previsões, como pode ser que elas se acelerem. Ou seja, cenários ainda piores podem acontecer em tempo ainda menor, considerando o degelo e o ritmo que está acontecendo — diz Horta.

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Segundo um artigo publicado em 17 de janeiro deste ano na Nature, a Groenlândia, a segunda maior camada de gelo do mundo, perdeu mais de 1.000 gigatoneladas de gelo entre 1985 e 2022. Paulo Horta explica que a velocidade do derretimento das geleiras neste verão será decisivo para prever como será a inundação das áreas do globo.

— É muito importante que a gente aguarde os resultados do processo de derretimento especialmente do Oeste da Antártica e da Groenlândia que aconteceram no verão desse ano. Consolidado esse resultado, ele vai nos dar muito mais clareza em relação aquilo que está por vir — finaliza o professor.

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*Sob supervisão de Andréa da Luz

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