O prédio histórico que já foi sede da Prefeitura de Mafra está fechado há cinco anos e corre risco de demolição após um laudo técnico ter apontado diversas falhas na estrutura. Até 2017, a construção era ocupada pelo poder Executivo e, no ano seguinte, foi feita uma cessão de uso e o espaço foi transferido para posse da Câmara de Vereadores da cidade, que não tem uma instalação própria. Por conta da situação precária do local, no entanto, desde então, o local está desocupado e vive um impasse.

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Por que prédio comprado e nunca usado pela prefeitura de Joinville passa por demolição

Imagens recentes feitas dentro da antiga prefeitura mostram paredes com rachaduras e mofo, telhado quebrado e bastante entulho espalhado pelo chão. Também há acúmulo de água da chuva e mato crescendo nos arredores.

Historicamente, o Poder Legislativo da cidade nunca teve uma sede própria e, portanto, paga aluguel de espaços que ocupa. Até ano passado, os vereadores estavam em um prédio da União, mas precisaram mudar-se porque o antigo endereço precisava de reforma, já que não possuía acessibilidade, apresentou problemas na fiação elétrica e pontos com infiltração.

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Atualmente, a Casa está em um espaço privado, com custo de R$ 13 mil mensais. Para sair do aluguel e finalmente poder utilizar o edifício transferido pela prefeitura, o vereador Sergio Luiz Severino, presidente da Câmara, demonstrou a intenção de reformar a estrutura. Para isso, solicitou um estudo técnico do imóvel por parte de engenheiros que, inicialmente, desaconselharam a viabilidade de reforma porque foram encontradas diversas falhas.

— Talvez novos estudos possam confirmar o laudo já existente, ou algum ainda possa apontar a possibilidade da reforma. Porém, essa reforma teria um custo altíssimo em face do estado estrutural em se encontra o prédio. Nesse caso, teríamos que analisar o custo-benefício desta reforma. Lembrando que estamos tratando de dinheiro público — explica o parlamentar.

Veja fotos da situação do antigo prédio da prefeitura

Demolição implicaria em devolução do prédio à prefeitura

Caso uma reforma não seja viável, uma opção seria demolir a atual estrutura para que uma nova seja construída. No entanto, segundo Sérgio, com a cessão de uso pela Lei 4.320 de 2018, válida por 30 anos, o Legislativo não tem poder para fazer a demolição do imóvel. Uma das alternativas, então, seria a criação de um projeto de lei que revogue a legislação atual para que a estrutura seja devolvida ao município.

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Na noite de terça-feira (29), foi feita uma audiência pública em que a população pôde dar a opinião sobre qual seria a melhor opção. O vereador destaca que, caso se opte pela restauração, o valor poderia ser o dobro ou até mesmo o triplo de um novo prédio.

— E este dinheiro aí poderia ser aplicado na educação, saúde, infraestrutura, segurança… Às vezes, é mais fácil demolir, que o município faça a demolição. E, eventualmente, se construiria um outro prédio depois a um custo muito mais em conta. Eu sou um um grande entusiasta de que se preserve um patrimônio histórico, mas tudo tem um custo, e o custeio é exorbitante pra reformar — opina.

Em 2021, conforme o jornal local Riomafra Mix, ocorreu o lançamento da pedra fundamental e foi estimado que a reforma iniciasse em 2022 para que e a nova sede da Câmara passasse para o antigo prédio da prefeitura. No entanto, devido aos problemas estruturais, o objetivo não passou de um ato simbólico.

A primeira parte da estrutura original foi construída em 1937. Em 1960, o edifício recebeu ampliações e inaugurou um anexo lateral, com uma entrada de frente para a Desembargador Flávio Tavares.

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Agora, fica a cargo dos vereadores decidir pela reforma ou pela devolução do prédio para que seja feita a demolição do prédio histórico e um novo seja construído.

Veja antes e depois da prefeitura ao longo dos anos

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