Horas de espera por atendimento. É a realidade dos pais que buscam atendimento dos filhos pequenos no Hospital Infantil Joana de Gusmão, referência em atendimento pediátrico em Florianópolis. Além disso, as famílias precisam compartilhar um banheiro químico do lado de fora do hospital enquanto aguardam ser atendidas.

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O repórter da NSC TV, André Lux, esteve no local e conversou com as famílias. Tatiane dos Santos era uma delas, que veio de Canelinha, na Grande Florianópolis, em busca de atendimento para o filho de dois anos, Miguel. Ela chegou na manhã de quinta-feira (4), mas no final da tarde ainda aguardava e não sabia a que horas seria atendida.

Veja fotos do Hospital Infantil nesta sexta


Bárbara Vitória esperou por horas por atendimento para a filha. Ela chegou por volta das 15h, e só à noite descobriu que o nome da pequena nem estava no sistema. Foi necessário passar novamente por uma triagem, e depois disso, mais espera.

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— Desorganização, falta de empatia — pontua.

Para os pais, o retorno era apenas um: é preciso esperar.

De espera longa, Mireli Schütz sabe. Ela veio de Palhoça buscando atendimento para a Cecília, de 11 meses. Ela ficou sete horas e meia esperando, e também esteve no hospital na noite de quarta-feira (3), mas saiu sem atendimento.

— Só falaram: senta e espera, que uma hora te chamam.

A unidade ainda passa por obras e, por isso, a única opção para banheiros são dois banheiros químicos, do lado de fora. Ali, o problema é a limpeza.

O que diz o hospital

Em entrevista ao vivo à NSC TV, a diretora da unidade, Tatiana Titericz, afirmou que a situação de quinta-feira (4) foi atípica, mas o último mês tem tido aumento na procura por atendimentos devido à dengue. Na quinta, houve aumento também nas “gravidades”, segundo a diretora.

Segundo Titericz, não há falta de profissionais. Atualmente, são seis consultórios, 11 profissionais, e há processo seletivo em andamento para a contratação de mais médicos.

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O tempo de espera, segundo a diretora, depende da classificação de risco de cada paciente. Ela afirma que novos materiais informativos foram feitos.

Sobre os banheiros, Titericz afirma que há quatro banheiros dentro da emergência, mas dois precisaram ser interditados em função das obras, por isso os dois químicos foram contratados. Ela informa ainda que foi disponibilizado álcool em gel para higiene das mãos, e que os pacientes seguem podendo usar os dois banheiros liberados do lado de dentro.

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