O acusado pela morte de cinco pessoas durante o ataque a uma creche de Saudades, no Oeste de Santa Catarina, é julgado nesta quarta-feira (9). A sessão ocorre no Fórum de Pinhalzinho, município vizinho ao da tragédia e tem previsão para durar dois dias, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
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O julgamento teve início às 9h com o depoimento de três sobreviventes. A sessão foi presidida pelo juiz da Vara Única, Caio Lemgruber Taborda. Ainda nesta quarta serão ouvidas oito testemunhas de acusação e quatro de defesa.
AO VIVO: acompanhe julgamento do ataque a creche de Saudades
Já na quinta-feira (10), o julgamento retorna às 8h30min com o interrogatório do réu e a explanação da acusação e defesa. Ambos também terão direito a réplica e tréplica.
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Ao fim, os jurados se reúnem para a votação, que pode se estender por até três horas. A previsão é de que a sessão seja finalizada ainda na quinta, porém, dependendo o horário, o resultado pode ser divulgado só na sexta-feira (11).
O júri é formado por sete jurados, que foram sorteados no início da sessão. Fazem parte do grupo seis mulheres e um homem. Todos moram na região de Pinhalzinho.
Nessa manhã, foram distribuídas 25 senhas. Já as demais, que não fazem parte do grupo reservado para familiares, MP, defesa e OAB, seguem do lado de fora do fórum.
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As ruas que circundam o local da sessão também foram fechadas sob forte esquema de segurança, formado por 12 policiais penais do Núcleo de Operações Táticas (NOT), 17 policiais militares de Pinhalzinho e Chapecó, além de dois bombeiros.
Relembre o caso
O crime ocorreu em 4 de maio de 2021. Um jovem de 18 anos entrou na creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades, armado com uma adaga. Ele invadiu uma sala onde as crianças dormiam e desferiu golpes contra uma professora, uma agente educacional e quatro crianças. Apenas um bebê de um ano e oito meses sobreviveu.
11 minutos, 1 ano depois: como Saudades renasceu após dia de horror
O homem foi preso em flagrante no dia do crime. Durante as investigações, policiais encontraram indícios de inspiração em outros ataques a escolas, como os massacres de Suzano, em São Paulo, e o de Columbine, nos Estados Unidos. Ele segue detido em um hospital psiquiátrico em Florianópolis. O processo tramita em segredo de justiça.
As vítimas são Anna Bela F. de Barros, de um ano e oito meses; Sarah Luiz Mahle Sehn, de um ano e sete meses; Murilo Massing, de um ano e nove meses; a assistente Mirla Renner, de 20 anos; e a professora Keli Anicevski, de 30 anos.
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*Com informações de Andrielli Zambonin, da NSC TV Chapecó