Região de mar frio e agitado, para chegar à praia de Naufragados, no Extremo Sul de Florianópolis, é necessário passar por uma trilha ou pegar um barco. O local, afastado da agitação do Centro da Capital, é casa para moradores que vivem em uma rotina de acordar de frente para o “paraíso”.
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É o caso de Airton Aladir da Costa, pescador, que costuma acordar às 5h30min para sair em direção ao mar. Segundo ele, de todos os lugares de Florianópolis, foi Naufragados que escolheu para chamar de casa.
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— Faço um café e a rotina de sempre: pescar, botar uma rede de marisco, essas coisas. Só de acordar num paraíso desses é o bastante. Gosto assim, eu acho que eu vou morrer assim — conta o pescador.
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O condutor ambiental Ademar Alarico do Espírito Santo, mais conhecido como Mazinho, também nasceu e foi criado em Naufragados. Educado em uma família que chegou na região há mais de 200 anos, hoje é ele que conta a história da praia do Extremo Sul da Ilha da Magia.
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— Quando eu fui pra Caieira da Barra do Sul, eu fui atrás de buscar conhecer novos mundos. Terminei o primário e fui fazer a época do ginásio. Eu me desloquei daqui, mas eu não saí de Naufragados e nem nunca Naufragados saiu de mim — conta Mazinho.
A praia leva o nome de “Naufragados” devido a duas embarcações portuguesas que afundaram na região em 1753. Das 250 pessoas que estavam a bordo, apenas 77 sobreviveram.
Confira as fotos do Sul de Florianópolis
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Caribe catarinense, Estádio do Avaí e cultura açoriana
Naufragados está localizado no Sul de Florianópolis, região que também abriga Ribeirão da Ilha, Praia do Campeche, o Aeroporto Internacional de Florianópolis e o Estádio Aderbal Ramos da Silva, mais conhecido como Ressacada — ou a casa do Avaí.
Local de parada para pilotos do correio aéreo francês no século passado, Campeche é também lar do “Caribe Catarinense”: a Ilha do Campeche. Cercado de águas cristalinas, esse pedaço de terra no meio do mar é um dos tesouros da Ilha da Magia.
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Na paisagem do Sul da Ilha, o Aeroporto Internacional de Florianópolis ganha destaque. Com uma estrutura inaugurada em 2019 e quatro vezes maior do que o Aeroporto Hercílio Luz, o local tem quase 50 mil metros quadrados.
Com casas coloridas e ruas estreitas, o Ribeirão da Ilha é palco para contar os 351 anos de Florianópolis. A região era ponto de desembarque das expedições europeias na época colonial e hoje em dia é referência da cultura açoriana.
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