Com patas minúsculas e olhos que nem sequer abriram ainda para ver o mundo ao redor, minigambás de Blumenau receberam uma nova chance de viver após perderem a mãe em um atropelamento. Acolhidos pelo Serviço de Atendimento de Animais Silvestres (SaasBlu) da cidade, os filhotes — que têm entre 4 a 8 semanas de vida — ganham até “tetê” enquanto estão aos cuidados do projeto (veja fotos abaixo).

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Os nove gambás foram resgatados na última terça-feira (22), no bairro Itoupava Central. A matriarca da família também chegou a ser levada para o espaço que fica na Furb, mas não resistiu aos ferimentos.

Na quarta-feira (23), outros cinco minigambás também foram salvos de um abandono depois que a mãe acabou sendo atacada por um cão no bairro Velha. Todos os filhotes, porém, morreram, mesmo após serem amparados pelo SaasBlu.

O coordenador do Serviço de Atendimento de Animais Silvestres de Blumenau, Julio Cesar de Souza Jr., explica que a taxa de sobrevivência desses animais é baixa, já que eles são resgatados ainda muito pequenos e deveriam estar dentro da bolsa do gambá — acolhidos pela mãe.

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Por isso, os filhotes que estão aos cuidados do projeto precisam até de estimulação para urinar, pois não não sabem fazer isso sozinhos. Além disso, eles recebem alimentação de duas em duas horas com o auxílio de uma seringa, onde ganham leite de cabra com suplemento vitamínico e mineral.

O tamanho dos minigambás também espanta, já que eles têm, em média, entre 26 e 30 quilogramas, além de apenas 10 centímetros de comprimento (sem a cauda). Veja abaixo.

Julio ainda comenta que, com a chegada da primavera, há um aumento no número de atendimentos a filhotes de gambás que ficam órfãos depois de perderem a mãe por alguma fatalidade — como ataques ou atropelamentos. Isso porque é nessa estação que a espécie se reproduz e as fêmeas ficam com muitos filhotes no marsúpio — ou bolsa externa, como também é o caso dos cangurus.

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Segundo o coordenador, os minigambás que sobreviverem ao período no SaasBlu serão soltos, podendo ser destinados ao IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) ou a algum criadouro.

*Sob supervisão de Talita Catie

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