Um grupo que fazia vendas falsas na internet com lucro milionário foi alvo de uma segunda fase da Operação Repasse. Na primeira, 33 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em diversas cidades de Santa Catarina. Nesta quinta-feira (29), bens como do grupo, como carro e barcos, foram apreendidos em Joinville e Araquari.

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A primeira fase da operação foi realizada em outubro de 2023. Durante as investigações, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado  (Gaeco) descobriu novos bens adquiridos de forma ilícita pelos suspeitos. Entre os materiais apreendidos estão um carro, duas embarcações e uma moto aquática. Os bens serão usados no futuro ressarcimento de vítimas dos supostos crimes.

Veja imagens da operação

Relembre a primeira fase da operação

A primeira fase ocorreu em 31 de outubro de 2023, quando foram cumpridos 33 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em Joinville, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Blumenau, além das cidades paranaenses de Curitiba e Pontal do Paraná. 

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De acordo com as investigações, os integrantes movimentaram em torno de R$ 6 milhões em 45 dias. 

Entre os bens apreendidos na época estava armas de grande porte, joias, celulares, máquinas de cartão e veículos importados e de luxo.

Como o grupo atuava

De acordo com o Ministério Público, o grupo publicava falsos anúncios de veículos na internet a partir de perfis de empresas fictícias e, a fim de captar clientes, replicavam esses anúncios em grupos de aplicativos. Atraídos pelas ofertas e convencidos pelos criminosos, as vítimas eram induzidas a fazer pagamentos de entrada ou dar um valor como “sinal”.

Após o primeiro pagamento, conforme o MP, um falso documento era enviado ao comprador lesado para convencê-lo a fazer a quitação da compra e, assim, ter o veículo entregue. Das vítimas, era cobrada, ainda, uma taxa referente ao suposto transporte do veículo até o endereço desejado para a entrega.

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Os valores transferidos pelas vítimas do golpe eram rapidamente transferidos para outras contas bancárias e sacados em espécie para serem repartidos aos integrantes do grupo criminoso. Ficou comprovado também que a organização utilizava sistema bancário por meio de pessoas utilizadas como laranjas para disfarçar a origem ilícita do dinheiro e sacar as quantias.

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