A draga holandesa utilizada no alargamento de praia em Jurerê deixou Florianópolis na manhã deste sábado (9). De acordo com a prefeitura, este é o maior engordamento da faixa de areia já feito na cidade. A despedida marcou a conclusão do serviço de drenagem no local, executado em 44 dias. A obra será entregue oficialmente no aniversário de 351 anos da Capital, em 23 de março.
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De acordo com o secretário de Transporte e Infraestrutura, Rafael Hahne, a draga, chamada Lesse, é uma embarcação nova e moderna, modelo de 2019, que foi responsável por dragar uma média de 12 mil metros cúbicos por dia.
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Este de Jurerê é o terceiro alargamento de praia de Florianópolis. Ele iniciou em 26 de fevereiro e ocorreu em 3,38 km entre o costão do lado tido como Internacional até cerca de 50 metros do costão do trecho conhecido como Tradicional, que faz divisa com Canajurê — trecho que não foi alargado por conta do Rio das Ostras. Nessa extensão, foi espalhado um volume de 500 mil metros cúbicos de areia.
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O primeiro foi feito em Canasvieiras e contemplou a extensão de 2,34 km, entre Canajurê e o trapiche. Nessa obra, a dragagem iniciou no dia 4 de outubro de 2019 e a entrega aconteceu em 17 de janeiro de 2020. Já o segundo engordamento, dos Ingleses, que beneficiou os 2,87 km do Canto Sul (onde ficam as dunas) até 500 metros antes da Foz do Rio Capivari, foi executado em 53 dias.
Mesmo que tenha sido executado no alta temporada, o alargamento de praia em Jurerê, assim como nas outras duas praias, ocorreu sem transtornos para a administração municipal e para quem procurou a famosa praia, de acordo com a prefeitura. Isso porque foi adotada a estratégia de interditar temporariamente as áreas que estavam sendo mexidas durante os trabalhos, com as devidas sinalizações, liberando-as assim que fosse autorizado pelos bombeiros, o que aconteceu a cada dois ou três dias.
Uma curiosidade de cunho ambiental foi o fato de que, diferente do que se viu em Canasvieiras, principalmente, a draga não “puxou” redes de pesca ou cabos de aço que se encontravam no fundo do mar. Isso, para o governo municipal, comprova a limpeza das águas e, sobretudo, da jazida marítima – apenas conchas vinham junto com a areia dragada.
Veja fotos da despedida da draga
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Jurerê contará com 40 metros de largura
Após as obras, a praia de Jurerê, que em alguns pontos não tinha mais faixa de areia dada a erosão costeira, passou a contar inicialmente com 40 metros de largura em toda a extensão contemplada. Sendo que a expectativa é a de que essa faixa se estabilize em 30 metros com a conformação natural pela maré meteorológica dentro de sete anos.
As atividades contaram com as licenças ambientais provisória e de instalação do IMA, e autorizações da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Elas representaram um investimento de R$ 24,79 milhões, sendo que metade desse valor foi pago pelo governo do Estado.
O trabalho aconteceu 24 horas por dia, salvo quando foi preciso suspender as operações por conta da passagem de golfinhos pela região. E, funcionou assim: após extrair o material, a draga era deslocada até 200 metros da orla – essa distância evitava que ela encalhasse na areia da praia em si – para ser acoplada a uma tubulação de 450 metros.
Apenas a parte da tubulação que flutuava sobre a água é que ficava posicionada perpendicularmente à praia, o restante da tubulação ficava “em terra”, em paralelo à faixa de areia que estava sendo alargada. Efetuado o acoplamento, a draga bombeava a areia para transportá-la pela tubulação até o balneário e, na sequência, ela era espalhada por tratores. Tal processo foi repetido inúmeras vezes até a conclusão da obra.
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