Dos 221 cães de raça resgatados de um canil clandestino em Joinville no mês de março, apenas 20 já foram doados. Isso porque os animais ainda passam por tratamento veterinário e castração, portanto, serão liberados para os novos lares conforme alta veterinária. Candidatos a tutores é o que não falta. Segundo Elisabet Mendes de Souza, gerente do Centro de Bem-Estar Animal (CBEA), há mais de 2 mil interessados nestes cachorros.
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Até esta semana, por volta de 20 cães haviam sido entregues para novas famílias. A maioria deles são filhotes. Ao longo dos dias, conforme outras ninhadas forem desmamando ou os adultos forem recebendo alta, novas famílias serão chamadas para entrevista.
FOTOS: Saiba como está o Jorge, cachorro jogado de ponte em Joinville
Veja fotos dos cães
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A adoção só é aprovada após a conversa com servidores do CBEA. É neste momento que alguns pontos são esclarecidos, por exemplo, a disponibilidade de gastos veterinários, já que muitos deles possuem problemas de saúde oriundos da própria raça ou, ainda, das condições de maus-tratos.
Elisabet conta que algumas famílias que haviam se inscrito via ouvidoria foram chamadas e, durante a entrevista, abdicaram de levar um dos animais por conta dos gastos.
— A gente tem orientado nesse sentido para que a família não seja surpreendida com um custo que ela não consegue arcar. Inclusive, nós tivemos famílias que quando fizemos essa explicação, declinaram, disseram que não sabiam, então declinaram e aí a gente chamou o próximo da fila — cita a gerente.
Conforme Elisabet, as famílias estão sendo chamadas por “ordem de chegada” na ouvidoria. Com mais de 2 mil interessados em duas semanas e poucos cães liberados para a adoção, apenas as famílias que registraram ouvidorias nos dois primeiros dias foram chamadas.
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— Quando chegamos na marca de mais de 2 mil ouvidorias, nós tomamos uma medida: resposta padrão que está sendo enviada para os munícipes, agradecendo o interesse deles, mas que a gente irá encerrar as ouvidorias. A gente tem duas mil pessoas interessadas para 200 animais, então estimamos que sejam mais que suficientes. Se, eventualmente, a gente chegar lá nas duas mil e não ter doado os 200 animais, a gente pode retomar essas ouvidorias — destaca Elisabet.
A gerente do CBEA destaca que os cães de raça não serão doados para pessoas que forem no local de forma espontânea. Como exemplo, Elisabet cita uma família que veio de Araquari até o local para adotar um dos animais de raça. Porém, como eles não foram chamados pela ouvidoria, o animal não foi liberado.
Entretanto, os servidores ofereceram os outros cães disponíveis para adoção no CBEA, para os quais não é necessário registrar interesse em ouvidoria. Porém, a família não aceitou e deixou o CBEA sem levar nenhum animal.
Outros animais para doação
Além dos 200 cães de raça, o CBEA possui outros cachorros e gatos à disposição de novos tutores. Há animais para todos os tipos de família, desde os filhotes aos adultos, do porte pequeno ao grande, dos com pelos mais curtos aos mais “peludões”.
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Um destes cães é Jorge, que também foi vítima de maus-tratos. Ele é o cachorro que foi jogado de uma ponte, em Joinville, pela própria tutora. O animal foi resgatado, passou por tratamento e, agora, foi liberado para adoção.
Conheça o Jorge
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