Capitais brasileiras como Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Recife registraram atos em universidades e manifestações nas ruas em defesa da democracia, nesta quinta-feira (11).

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Os protestos reuniram estudantes, professores, sindicalistas, movimentos sociais e entidades da sociedade civil.

No Rio, o ponto alto foi a leitura de uma carta na PUC. Em Porto Alegre, o ato teve participação por vídeo do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim. Em Florianópolis, a mensagem de “ditadura nunca mais” ecoou no auditório lotado.

Leitura de carta pela democracia em SC reúne entidades e estudantes em defesa às eleições

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A leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros” reuniu professores, estudantes e parlamentares na sede da PUC-Rio, na Gávea, e foi encerrado aos gritos de “fora, Bolsonaro”, “Lula”, “Marielle presente” e com o hino nacional.

O professor de história Marcelo Jasmim fez um discurso antes da leitura da carta relembrando o papel da universidade como abrigo de assembleias de entidades durante a repressão da ditadura militar às manifestações em 1977.

Ele afirmou que a união da sociedade civil “é decisiva para impedir hoje o avanço do menosprezo e do ataque às instituições democráticas e a toda história de luta pelas liberdades”.

Professora de ciência política da PUC, Alessandra Maia destacou a importância de falar sobre as memórias das lutas pela democracia durante a Ditadura Militar para os estudantes mais jovens.

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— Falar dessas memórias significa algo que coletivamente nossos estudantes, nossos filhos precisam presenciar — afirmou.

Em Florianópolis, autoridades, políticos e representantes sindicais se reúniram no auditório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para leitura da carta. No lado de fora, alunos da universidade e demais participantes também acompanharam a leitura do documento por meio de um telão. 

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Em Porto Alegre, milhares de estudantes saíram em caminhada pela avenida João Pessoa, intercalando gritos de “fora, Bolsonaro” e “democracia” até o Palácio Piratini. Houve também protestos pelos cortes de recursos na educação.

Às 11h, uma carta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi lida em frente à escadaria da Faculdade de Direto.

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Em vídeo, Nelson Jobim recordou a parceria com Ulysses Guimarães nos trabalhos que resultaram na Constituição de 1988, destacou seu respeito aos adversários políticos e a necessidade de enfrentamento ao discurso de ódio: “O ódio barra o processo de entendimento democrático”, disse Jobim.

O que é democracia?

No Recife, o ato aconteceu na escada principal da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e reuniu estudantes, sindicatos e integrantes da sociedade civil.

Os participantes levaram bandeiras do Brasil e de Pernambuco, criticaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) e defenderam o sistema eleitoral brasileiro. Ao final do ato, houve coro a favor do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em Salvador, estudantes secundaristas, movimentos sociais e sindicatos participaram da manifestação. Acompanhados de carros de som e bandas de percussão, o grupo caminhou entre as praças do Campo Grande e a Castro Alves.

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O protesto teve a adesão de militantes de partidos de esquerda como PT, PSOL, PC do B, UP e PSTU. Manifestantes empunharam toalhas e cartazes com as fotos de Lula e do candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT).