As obras do alargamento da praia de Jurerê iniciaram no dia 26 de janeiro, e em apenas duas semanas chegou a 1,32 km de área alargada. No último sábado (10), mais 300 metros passaram pelo processo de engorda. Embora a obra esteja avançando sem grandes contratempos, nos últimos dias, um “degrau” apareceu na faixa de areia alargada.
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Segundo Pedro de Souza Pereira, professor de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esses “degraus” como são chamados, são esperados após as engordas. O especialista defende que essa feição não traz impactos ambientais. O maior perigo seria se elas ultrapassarem a altura de 1 metro, o que pode causar risco aos usuários da praia.
— A forma da praia é o resultado entre a interação das ondas com a areia. Assim que a engorda ocorre, as ondas começam a trabalhar a areia para moldar a praia a sua forma natural desejada, surgindo essas feições — explica Pedro.
No entanto, o biólogo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Paulo Horta, acredita que este processo de alargamento da praia de Jurerê será semelhante ao processo do alargamento de Canasvieiras, em que o sedimento da praia foi transportado pela água do mar até a praia de Canajurê.
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— Infelizmente, o sedimento dragado será transportado, e vai soterrar áreas distantes do ponto de engorda. Veja o que aconteceu em Canasvieiras, onde boa parte do sedimento aparentemente foi parar em Canajurê — diz o especialista.
Veja fotos do degrau
Degrau estava previsto na obra de alargamento
Segundo a Secretaria de Transporte e Infraestrutura de Florianópolis, o degrau já era esperado, pois essa condição faz parte do processo de conformação natural da nova praia, e surgiu por conta da força do mar. A prefeitura informa ainda que está programando uma manutenção no local.
O alargamento da praia de Jurerê será o maior já feito em Florianópolis abrangendo os seus 3,38 quilômetros de costa, tanto a parte internacional quanto tradicional. O objetivo da prefeitura é de que as obras recuperem a orla da praia, para que tenha faixa de 40 metros que se estabilize em 30 metros após a conformação natural pela maré, e contenham a erosão marítima.
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As obras representam um investimento de R$ 24,79 milhões, sendo que metade desse valor será pago pelo governo do Estado.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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