Com 103 mil habitantes, Camboriú está longe de ser apenas o município “do lado de lá” da BR-101. Décima quarta maior cidade de Santa Catarina e fundada — oficialmente, claro — em 1884, Camboriú viu uma série de mudanças ao longo desses 140 anos. Cresceu, viu a “irmã” Balneário Camboriú surgir e se separar dela, se desenvolveu em torno da produção agrícola e atingiu, recentemente, a marca de uma centena de milhares de moradores.

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Nas fotos antigas que você confere abaixo há uma pequena mostra de como era o cotidiano de Camboriú décadas e décadas atrás. Ocupada antes da chegada dos primeiros imigrantes por índios Carijós, a região começou a de fato ser habitada por colonos a partir de 1821 com a chegada de Baltasar Pinto Corrêa, que se estabeleceu próximo ao local onde hoje é o bairro da Barra — no que antes era Camboriú e hoje, curiosamente, é Balneário.

Confira as imagens do passado

Durante praticamente um século, a economia de Camboriú teve a força principalmente na agricultura, com foco em café, arroz, milho, aipim, trigo, feijão, banana e cana-de-açúcar. A exploração de jazidas de mármore e granito também fez parte importante do desenvolvimento econômico. Na década de 1950, passa a investir na cultura pesqueira, mas é justamente poucos anos depois que ocorre um fato que muda os rumos da cidade.

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As praias de Camboriú já vinham sendo ocupadas por moradores de Blumenau e região que estabeleciam por lá as chamadas casas de veraneio — algumas, até, em estilo enxaimel. O dom turístico da região mais próxima ao mar foi tomando força e gerando, além de opção de lazer e turismo, o crescimento populacional. Em 1959, já havia sido proposto e aprovado o projeto que criava o Distrito da Praia de Camboriú, com direito à nomeação de um intendente.

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Já em 1961, conforme consta no site da própria prefeitura de Balneário Camboriú, a eleição de três vereadores “da praia” (Aldo Novaes, Urbano Mafra Vieira e José Linhares) faz as atenções se voltarem ao mar. Novaes, então, apresenta o projeto de emancipação para dar ao distrito o nome de Balneário Camboriú. O projeto aprovado foi levado à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e sancionado, tirando de Camboriú o acesso ao oceano e emancipando, ali, Balneário.

Por conta disso, a cidade de Camboriú viveu um esvaziamento. As lavouras de café desapareceram por conta das políticas do governo federal, as jazidas de mármore e granito foram completamente esgotadas e a BR-101, que antes passaria pelo meio da cidade, acabou tendo o traçado mudado e foi levada para mais próximo da praia. Tudo isso fez com que Camboriú sofresse até que encontrasse novas vocações.

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Hoje, a economia de Camboriú é baseada em comércio, indústria, agropecuária, mineração de granito e mármore, turismo ecológico e rural. O crescimento de Balneário e o aumento do custo de vida na “irmã” fizeram com que Camboriú voltasse a ser atrativa principalmente a partir da década de 1990, alcançando um boom populacional até chegar a marca de 100 mil habitantes no Censo 2022.

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