Uma pequena estrada de chão coberta por mato que termina no mar da Baía da Babitonga. Sem casas, sem comércios ou barcos com pescadores. Assim era a Vigorelli, a praia de Joinville, na década de 1930, um lugar totalmente diferente do atual, exceto pelo mangue, que durante todo esse tempo continua rodeando o local. Fotos antigas mostram como ocorreu essa “expansão”.
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A ocupação da Vigorelli só teve início no final dos anos de 1970. Foi a partir da implantação do Estaleiro Vigorelli, que não avançou, e a instalação de uma escola de dragagem, que os pescadores passaram a usar o local para acessar a Baía da Babitonga, informa a Secretaria de Habitação de Joinville.
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“Com a movimentação contínua de pescadores, comerciantes viram a oportunidade de fornecer apoio logístico a estes trabalhadores, e assim surgiu o comércio na localidade”, relata em nota a Secretaria de Habitação.
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Veja fotos antigas
Para facilitar a rotina, esses pescadores e comerciantes passaram a construir moradia na localidade “E como a área ambientalmente degradada da Vigorelli possui as características físicas propícias para isso, surgiram as primeiras residências completando o tripé essencial na formação e sustentabilidade do espaço urbano: moradia, trabalho e desenvolvimento econômico”, cita a nota.
Aos pés da Baía da Babitonga, com uma paisagem bela e natural, a Vigorelli passou a atrair a atenção de turistas. “Mesmo que rudimentar, levou a comunidade a evoluir economicamente a partir da exploração deste potencial. Isto fez com que a Vigorelli crescesse tanto em número de habitantes quanto em número de opções de comércio e serviços”, destaca a secretaria.
Hoje, há bares, restaurantes, orla, galpões para guarda de barcos de pesca e a passagem do ferry boat para a Vila da Glória, em São Francisco do Sul.
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Inclusive, com a vinda do Ferry boat e a linha de transporte coletivo urbano, houve um crescimento econômico ainda mais significativo para a região. A partir disso, outras pessoas também passaram a chamar a Vigorelli de lar e construíram moradia nela que é hoje a praia de Joinville.
Recentemente, o espaço passou por um processo de “urbanização”. O projeto contemplou a pavimentação asfáltica do acesso à praia de Joinville, reivindicação antiga dos moradores, pavimentação com paver da orla e de ruas que integram a vila, calçadas, ciclovia, iluminação, paisagismo, parquinho para as crianças, rampas de acesso para embarcações à Baía Babitonga e sinalização.
Os moradores também receberam uma nova rede de água, ampliação da rede de esgoto e estação de tratamento de esgoto.
Equilíbrio entre a ocupação do solo e a preservação ambiental
Ainda que o local tenha recebido moradores que precisaram levantar suas casas sobre o mangue da Vigorelli, ainda há fauna e flora rodeando o local. Segundo a Secretaria de Habitação, o projeto de Regularização Fundiária propõe um conjunto de medidas que visam reconhecer a questão ambiental e a questão social de modo equilibrado.
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“Além de áreas de preservação de manguezais no entorno da urbanização, o projeto prevê ações contínuas de educação ambiental para a comunidade, a implantação de redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário com a instalação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), a coleta regular de resíduos sólidos e o monitoramento ambiental contínuo da vila”, cita a nota.
Além disso, estão previstas medidas de fiscalização contínua de ocupação do solo, além da elaboração de programas de incentivo à implantação de atividades aderentes à vocação da vila Vigorelli, já previstas na Lei de Ordenamento Territorial.
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