Paulistano radicado em Floripa desde 1996, o fotógrafo Fábio Cabral chegou por aqui depois de fazer sucesso com seu primeiro livro, Anjos Proibidos, de 1991, com repercussão nacional e internacional, e de muitas capas de revistas e editoriais de moda. São 25 anos de carreira.
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Pai de Kim, 25, e Dana, 16 anos, Fábio tem oito livros publicados, os três mais recentes: Santa Catarina Coração Feminino, registro da mulher catarinense representada por 88 delas de diversas regiões, em 2011; em 2012 Filhos do Vento, sobre a comunidade da Chapada da Diamantina, em Brotas de Macaúbas, para a Engevix, que rendeu também exposição itinerante no momento em São Paulo, e 25 anos do Artista.
O ano de 2013 começou transformado para o fotógrafo e diretor de fotografia em cinema, também dedicado à publicidade. Fábio acaba de alugar apartamento em Nova York, onde está morando, com intervalos em Floripa e ainda Urubici, onde tem sítio e projetos para o futuro.
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Desde quando você está morando em Nova York?
Desde o começo do ano, mas a partir de maio aluguei o apartamento lá. Esta vinda agora foi a mais longa, 20 dias, e retorno no início do mês que vem. Aqui fico em casa no Canto da Lagoa com meu cachorro, achando que é o melhor lugar do mundo. E tenho meu apartamentinho no Harlem, que acabei de alugar. E lá vivo feliz também. Passo 20 dias lá, 10 aqui, uma semana lá, uma semana aqui. Estou assim.
Fábio em ação clicando moda e com a namorada Thatja no metrô de NY
Fotos: Thatja Andrade, Divulgação
O que você faz por lá?
Meu trabalho lá é ligado a uma empresa que está bem no começo, lançando produtos para corte de cabelos através de uma plataforma na web que vai colocar profissionais pra falar com clientes. A minha parte é geração de conteúdo, criar os filmes que alimentarão essa plataforma. Esse é o projeto principal que tem me levado pra lá comercialmente.
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Excitante. Nova York pra mim nesse momento profissional é como se eu tivesse 20 anos de idade, apesar dos 33 anos de experiência, é outro mundo, outras formas de comportamento, e é a grande feijoada do mundo, e eu quero participar deste momento como rabo de porco, mas quero virar carne seca. Então a gente é obrigado a se reinventar, estar sempre up to date. Quando a gente pensa que já fez muita coisa começa a andar pra trás. Estou chegando com um repertório bem consistente, mas com a cabeça de estreante.
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Três dicas de ouro pra quem quiser fotografar
1 – Não se preocupe com marca de câmera porque quem faz a foto é o cérebro e o olhar e não a câmera. O conhecimento sobre luz e composição vale mais.
2 – Saiba olhar onde está a luz e não a forma, o que imprime é a luz que volta dos objetos e não a sua forma.
3 – Não tenha medo, porque não existe foto errada ou certa, existe fotografia boa e ruim, mas todas são certas porque na verdade fotografar é o ato de registrar o que está passando em frente aos seus olhos ou criar uma realidade que não existe através da produção, que é o caso da moda, publicidade, ou da própria dramaturgia de filme.
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