O fotógrafo da Agence France-Presse na cidade líbia de Benghazi, Abdullah Duma, foi preso novamente neste sábado à noite pelos serviços de segurança locais, informou sua família.
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Duma foi preso pela primeira vez na terça-feira, e foi colocado em liberdade depois de quase 24 horas de detenção pela cobertura que fez no sábado para a AFP de um concerto público em uma universidade de Benghazi.
A direção da AFP manifesta a sua preocupação após esta nova prisão e insta as autoridades em Benghazi a libertar Douma sem demora e sem quaisquer encargos contra ele.
Este concerto foi fortemente criticado pela autoridade dos Awqaf, uma instância religiosa dependente das autoridades do leste, que o viram como “um insulto” ao Islã por encorajar a convivência entre homens e mulheres.
No sábado à noite, o órgão de luta antiterrorista de Benghazi ligou para o fotógrafo para pedir que se apresentasse na delegacia “para responder algumas perguntas”.
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Ao chegar, os “policiais” pediram aos membros da sua família que o acompanhavam que voltassem para casa porque “Abdullah está agora detido”.
A família não recebeu nenhuma explicação, mas afirma que Duma foi preso de novo por causa das imagens do concerto.
O concerto foi organizado como parte da operação global “Hora do Planeta” (Earth Hour), da ONG WWF.
Benghazi é controlada por combatentes leais ao marechal Khalifa Hafter, homem forte do leste do país que desafia a legitimidade do governo de unidade nacional (GNA), com sede em Tripoli e reconhecido pela comunidade internacional.
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