Um fotógrafo preso em Balneário Camboriú é apontado pela Polícia Federal como responsável por produzir conteúdos de pornografia infantil para sites do exterior. Conforme a investigação, ele ainda comercializava as fotos e os vídeos eróticos de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos.
Continua depois da publicidade
Esse material, ainda de acordo com os investigadores, ficava à disposição na deepweb, que nada mais é do que uma área da internet que fica oculta a mecanismos de busca (como o Google) e à margem de regulamentação, podendo ser usada para prática de crimes.
Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Segundo a PF, crianças e adolescentes eram fotografadas em poses sensuais e eróticas em materiais que seriam utilizados supostamente por agências de modelos. Dez mandados de busca e apreensão são cumpridos em endereços de Balneário Camboriú, Santana do Parnaíba (SP), Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Sequestro e bloqueio de bens também foram autorizados pela Justiça em torno da operação chamada de “Abusou”.
Continua depois da publicidade
Além do registro das imagens, o principal fotógrafo do grupo é suspeito de praticar crimes sexuais e de induzir as modelos a trocarem de roupa no carro e no estúdio fotogórafico dele, segundo a Polícia Federal. Nesses locais haveria espelhos e câmeras posicionadas para registrar as pessoas nuas.
De acordo com a PF, 200 mil arquivos de imagens e vídeos são analisados pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal, em Brasília, e 10pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização criminosa, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, registro não autorizado da intimidade sexual, disponibilização de material pornográfico e estupro de vulnerável.
As investigações da Operação Abusos tiveram o apoio do Secretariado Geral da Interpol, localizado na cidade francesa de Lyon, considerando que há vários anos as imagens das menores eram reportadas por estarem associadas a pornografia infantil e estarem catalogadas no banco de imagens de exploração sexual infantil da Interpol.
Confira vídeo com detalhes sobre o caso
Leia também
Análise: confusão na Alesc mirou em álcool, mas acertou no leite
Continua depois da publicidade
Bolsonaro cobra participação de militares na apuração dos votos