Em tratamento contra um câncer na laringe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu nesta quarta-feira na janela de seu apartamento, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, usando uma máscara cirúrgica.

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O primeiro dos três ciclos de quimioterapia já produz o primeiro efeito colateral no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a fadiga. Após os cinco dias de aplicação contínua dos medicamentos quimioterápicos contra o câncer na laringe, o ex-presidente ainda não conseguiu voltar a despachar no Instituto Cidadania (também conhecido como Instituto Lula), como pretendia.

Segundo seus médicos, Lula tolerou bem a primeira sessão de quimioterapia, conseguiu receber a dose completa do tratamento e não sentiu enjoos ou reações mais graves.

– Ele teve efeitos mínimos. Só o cansaço, o que é normal. Ele não teve náuseas ou qualquer outro impedimento grave – contou o cirurgião oncológico Luiz Paulo Kowalski, da equipe que acompanha o ex-presidente.

Na avaliação dos médicos de Lula, a reação ao tratamento está dentro das expectativas.

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– A primeira semana após a quimioterapia tem seus efeitos colaterais. Isso é esperado – avaliou o oncologista Paulo Hoff.

Em geral, os pacientes submetidos a esse tipo de tratamento sofrem de indisposição e perda de apetite.

– Cinco dias de quimioterapia é pesado, leva uns dias para o paciente se recuperar fisicamente da fadiga produzida pelo tratamento – reforçou Kowalski.

De acordo com os médicos, a reação mínima de Lula ao tratamento é um bom sinal.

– Isso é bom porque, quando o paciente consegue tolerar, ele consegue receber a dose completa, não atrasa o tratamento e isso faz muita diferença no resultado lá na frente – explicou Kowalski.

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Lula será submetido a um total de três sessões de quimioterapia, com intervalo de 21 dias entre elas. A partir janeiro, o ex-presidente passará por sete semanas de radioterapia. Os médicos afirmam que o ex-presidente está liberado, com moderação, para “todas as atividades em que se sinta bem para fazer”, mas recomendaram que Lula se mantenha recolhido.

A partir dos próximos dias, o ex-presidente deve perceber uma queda acentuada de cabelo, uma vez que os fios ficam mais enfraquecidos com o tratamento.

– Em algum momento ele vai aparecer careca, pode ter certeza absoluta. Mas não é agora. Agora, certamente, o pente dele tem mais fios de cabelo, como em qualquer paciente – afirmou Kowalski.

Em infográfico, saiba mais sobre a doença de Lula,

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