Fórum Floripa Quer Mais pretende criar diálogo sobre políticas sustentáveis para a cidade

Cada vez mais cresce o número de organizações civis e iniciativas populares voltadas ao bem comum e à defesa de políticas públicas centradas no cidadão. Porém, dar visibilidade e conectar tais atores sociais, para fortalecer esses movimentos, ainda pode ser um desafio.

Em Florianópolis, o Fórum Floripa Quer Mais pretende articular ações e projetos para superar esse obstáculo, e estabelecer um espaço de diálogo constante sobre políticas sustentáveis e voltadas à redução das desigualdades sociais. Fundada no dia 6 de agosto, sob coordenação do advogado Gabriel Kazapi, a organização social promoverá debates temáticos mensais, que serão transmitidos online. O primeiro evento deve ocorrer ainda neste mês.

– Queremos abordar os principais problemas que fazem de Florianópolis uma cidade tão paradoxal, como mobilidade, cultura, meio ambiente, moradia, segurança e ocupação dos espaços públicos. Vamos apostar também nas redes sociais como um espaço para conectar e engajar pessoas a acompanhar e participar das tomadas de decisão sobre o futuro da Capital – explica o advogado.

Na cerimônia de fundação, professores, empresários e representantes de instituições, como União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (UFECO) e Instituto Arco Íris, e de diversos setores econômicos da cidade destacaram a importância da cultura neste contexto, de se criar espaços de interlocução com a comunidade e de prezar pelo planejamento a longo prazo.

Segundo Kazapi, a participação da comunidade de Florianópolis nas questões políticas da cidade tende a construir um legado mais duradouro e positivo para as próximas gerações, transcendendo os períodos eleitorais e desenvolvendo uma visão mais sistêmica da cidade.

– Acredito que temos muitos projetos bacanas, mas alguns deles desconectados e o poder público também não favorece.

Para o sociólogo e especialista em Administração Pública Homero Gomes, os moradores da Grande Florianópolis demandam espaços de interlocução e é preciso inovar na forma de atender a esse anseio.

– Para construir para a sociedade, é necessário construir com ela – disse.