A direção do Fórum da Comarca de Chapecó e o Departamento Estadual de Administração Prisional estão adotando medidas para dar mais segurança e evitar fugas durante a realização dos júris. A iniciativa partiu depois que Lucas Andrei Gross escapou por uma janela do Fórum enquanto aguardava a sentença, no dia 10 de maio deste ano, quando foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio qualificado.

Continua depois da publicidade

Ele estava numa sala próximo do salão do júri e passou por um espaço de 25 centímetros entre as grades, pulando do segundo andar do prédio. Quando foram chamá-lo para leitura da sentença, não estava mais no local. Gross acabou capturado 44 dias depois, em uma festa no distrito de Marechal Bormann, em Chapecó. Um soldado da Polícia Militar que estava de folga reconheceu o fugitivo, que inicialmente apresentou documento falso.

O juiz da primeira 1ª Vara Criminal, Jeferson Vieira, que é responsável pelos júris, disse que algumas medidas já foram adotadas e outras estão em andamento.

— Como o preso não pode ficar algemado a não ser em casos excepcionais, como prevê o Código de Processo Penal, sob risco de nulidade do júri, determinamos que seja mantido o marcapasso, que é aquela corrente nos pés que evita a possibilidade de correr. Vamos substituir as grades da sala e enquanto isso ela não está sendo utilizada. Atualmente, nos intervalos o preso é levado para a carceragem do Fórum, no primeiro andar, embora isso possa atrasar a retomada dos julgamentos. As equipes do Deap e Polícia Militar também adotaram uma vigilância mais intensa dos réus — destaca o magistrado.

Além disso, serão adotadas outras medidas para garantir mais segurança no Fórum. Uma delas é um detector de metais na entrada, para, segundo Vieira, evitar que alguém entre armado e possa atacar por vingança.

Continua depois da publicidade

Outra será um cadastro dos visitantes. Todas as pessoas que entrarem no local, exceto servidores e colaboradores, terão que preencher uma ficha. O cadastro deve ser feito na Central de Informações, com as recepcionistas. É necessário documento, motivo da visita e fazer uma foto no local.

— Chegamos num momento que exige esse controle, devido à movimentação na Comarca de Chapecó, que chega a 800 pessoas por dia — disse o diretor do Fórum e juiz do 1º juizado Especial Cível, Alexandre Happke.

O Deap abriu uma sindicância administrativa para apurar a possível falha na atuação dos agentes que estavam escoltando o preso.

Ainda não é assinante? Faça sua assinatura do NSC Total para ter acesso ilimitado ao portal, ler as edições digitais dos jornais e aproveitar os descontos do Clube NSC.

Continua depois da publicidade