Ao completar a 33ª semana de gestação, a barriga praticamente para de crescer, pois o bebê começa a se preparar para nascer. E a partir dessa semana, a gestante deve ficar atenta aos sintomas frequentes nesse período da gravidez podendo sentir dores de estômago, queimação e mal-estar.

Continua depois da publicidade

Isso acontece devido ao crescimento do útero, que pode pressionar o estômago provocando azia e diminuindo o apetite. Segundo o médico e cirurgião geral Dr. Sérgio Barrichello, que também é endoscopista e especialista em emagrecimento, as dores de estômago podem ser mais intensas em gestantes que já apresentavam refluxo, gastrite ou úlcera.

– O crescimento do bebê deixa o estômago espremido e, consequentemente, passa a abrigar menos alimentos. Por esse motivo, a gestante pode ter ânsia se ingerir quantidades maiores. E ao deitar-se, após a refeição, pode sentir um gosto azedo na boca. Todos esses desconfortos são provocados pelo retorno do conteúdo gástrico, o refluxo – explica.

De acordo com a evolução da gestação, sobra menos espaço para o bebê, causando uma sensação de estômago apertado.

Continua depois da publicidade

– Nesse período, o sistema digestivo também fica mais lento e a gestante precisa se adaptar a consumir alimentos de fácil digestão – acrescenta o médico.

Além disso, a dor de estômago pode ocorrer em qualquer região do abdome, pois os órgãos ficam comprimidos por conta do útero que cresce em média até quatro centímetros por mês.

– A gestante deve evitar consumir alimentos gasosos, pois costumam aumentar o volume da barriga e comprimir ainda mais os órgãos internos, causando mais dor – aconselha o endocopista.

Continua depois da publicidade

O que fazer para amenizar a dor?

São vários fatores que comprometem o aparelho digestivo durante a gestação causando muito desconforto. Porém, seguindo algumas orientações é possível diminuir essas sensações.

– Para ajudar, procure fracionar as refeições, comendo várias vezes ao dia e em pequenas quantidades, optando por refeições leves que ajudam a evitar que o volume do estômago aumente – recomenda Barrichello.

Outras medidas como mastigar lentamente, evitar alimentos gordurosos que têm mais chances de causar indigestão, não ingerir líquidos durante as refeições ajudam a aliviar os sintomas. Além disso, usar roupas confortáveis e que não apertem a barriga e optar por um travesseiro mais alto na hora de dormir também contribuem muito nessa fase. O endoscopista faz um alerta sobre o uso de analgésicos para aliviar a dor.

Continua depois da publicidade

– A gestante só pode tomar alguma medicação após consulta com o seu médico. A automedicação prejudica a saúde da mãe e do bebê. Vale destacar que o nervosismo, a agitação e a ansiedade podem agravar o quadro da dor, por isso, relaxar e manter-se em repouso são essenciais – afirma.

A mulher quando está grávida deve ter uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos com regularidade e cumprir rigorosamente as consultas médicas do pré-natal. Para um ganho de peso controlado e adequado para o período gestacional, procure um nutricionista e em caso de dúvida não deixe de falar com um médico.