A forte chuva na tarde desta segunda-feira provocou pelo menos 30 deslizamentos de terra e a interdição de cinco casas, informou a Defesa Civil de Joinville, que continuava atendendo às ocorrências no início da noite e deveria concluir o balanço do temporal nesta terça-feira.
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Foram atingidos especialmente os bairros Guanabara, Itaum, João Costa, Petrópolis, Adhemar Garcia, Santa Catarina, Floresta, Boehmerwald, Fátima e Ulysses Guimarães.
A interdição das cinco casas aconteceu no Loteamento Nossa Senhora Aparecida, no bairro Petrópolis, ameaçadas por deslizamentos. No mesmo bairro, na rua Rancho Bom, foi registrada a queda de um muro, informou a Prefeitura.
:: Dirigir em rua alagada pode provocar pane no motor do veículo, diz especialista
Quando Roselene Rudnick estava indo para o trabalho no início da tarde, a chuva caiu forte. Ela embarcou no ônibus no terminal Sul e registrou essa imagem abaixo, às 13h55, na rua Parati, bairro Nova Brasília, já na zona Oeste.
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– A água chegava à altura do joelho, o motorista do ônibus até hesitou um pouco antes de passar – conta Roselene.
A previsão é de uma noite chuvosa e novas pancadas de chuva estão previstas para esta terça-feira.
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As ruas Olaria, Fátima, Tomaz do Amaral e avenida Antônio Ramos Alvim ficaram alagadas. O muro de um prédio residencial chegou a desabar na Ramos Alvim.
No posto de gasolina na esquina com a Rua Santa Catarina, funcionários observam o alagamento se repetir a cada chuva forte nos últimos dias.
Rua Santa Catarina, na altura da Sociedade Floresta
Rua Fátima
Petrópolis
Estragos na avenida Antônio Ramos Alvin, no Floresta
Em Guaramirim, também foram registrados pontos de alagamento no Centro:
:: Pontos de alagamento dificultam acesso à zona Sul
Cuidados importantes
Qualquer problema deve ser comunicado à coordenadoria municipal de Defesa Civil, por meio do telefone de emergência 199 ou para o Corpo de Bombeiros no número 193. Na ocorrência de tempestades com descargas elétricas (raios), ventos fortes e granizo, a orientação é que as pessoas se abriguem em local seguro, longe de placas, de árvores, de postes de energia e de objetos que podem ser arremessados.
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Se não encontrar um abrigo, agache-se com os pés juntos, com a cabeça encostada em seu peito ou entre os joelhos e as mãos cobrindo suas orelhas ou apoiadas em seus joelhos. Se estiver em casa ou qualquer outro local abrigado, desligue os aparelhos eletrônicos, não use o telefone, fique longe das janelas e lembre-se, o banheiro em alvenaria é o melhor local durante uma tempestade.
Cuidado com o veículo
O chefe de Oficina Edson Niehues afirma que o motorista não deve subestimar o alagamento e, sempre que possível, esperar que a água baixe para seguir viagem.
Se a poça chegar a uma altura equivalente ao meio da roda do carro, há o risco de alcançar o filtro de ar e a água chegar ao motor. Se isso acontecer, o carro vai parar na hora e os danos podem variar bastante, desde entortar a biela, quebrar o virabrequim ou furar o bloco do motor. Ou seja, na oficina, o serviço varia de uma simples limpeza até a substituição do motor.
– Se for uma situação urgente, que não possa esperar, manter a rotação firme para o carro não morrer com o peso da água, porém, se for rápido, a força do carro vai criar onda, levantando água, o que aumentará o risco de chegar ao motor. O melhor é não arriscar, o carro não é anfíbio. Com essas chuvas na cidade, estamos sempre recebendo carros que tiveram algum dano por causa da chuva – afirma o especialista.
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