Fortaleza se orgulha de ser uma das principais sedes da Copa do Mundo de 2014 e a primeira a entregar seu estádio – em dezembro de 2013. Este ano, busca o título de cidade que menos gastou com as polêmicas estruturas temporárias: para isso, vai tentar reaproveitar os equipamentos da Copa das Confederações.

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Porém, o custo calculado, de R$ 30 milhões, ainda fica em acima do orçado no Rio Grande do Sul: R$ 25 milhões. As verbas devem ser aplicadas integralmente pelo Governo do Estado do Ceará.

Em 2013, a capital cearense recebeu três partidas do evento. O número de jogos este ano dobra – por isso, será comprada uma quantidade maior de equipamentos. O pregão para a definição das empresas que ficarão responsáveis pelas estruturas temporárias ocorreu em 28 de fevereiro.

Até agora, entretanto, ainda não houve a homologação para a definição das empresas licitadas. Será mais de uma devido às várias especialidades que as estruturas exigem para instalação. Os espaços incluem centros de mídia, tribunas de imprensa, áreas para voluntários, entre outras.

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Os R$ 229,7 milhões investidos pelas seis sedes da Copa das Confederações em instalações provisórias levaram os Ministérios Públicos federal e dos seis Estados que receberam jogos no evento a questionar a Fifa sobre o que realmente é indispensável para atender a milhares de jornalistas e voluntários nas estádios. Os MPs pedem, inclusive, a restituição da dinheirama junto à Fifa.

Na contramão de quem considera que a entidade deveria arcar com tudo isso, o secretário especial da Copa no Ceará, Ferruccio Feitosa, defendeu a aplicação do dinheiro público, durante seminário realizado pelo Instituto Ethos na capital, sobre transparência no Mundial.

– Não foi a Fifa que pediu para fazer a Copa aqui, mas o Brasil que quis ser candidato e entrar nessa disputa – disse.

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Na Copa das Confederações, gastou-se R$ 33,8 milhões com estruturas temporárias em Fortaleza. Apenas Rio de Janeiro (R$ 31 milhões) e Salvador (R$ 33,7 milhões) gastaram menos, segundo levantamento feito pelos MPs federal e de MG, RJ, CE, PE, BA e DF.