Se o dia não está propício para curtir um sol na beira do mar, uma opção para os turistas é conhecer melhor a história de Florianópolis. A Praia do Forte, no Norte da Ilha de Santa Catarina, guarda as lembranças do século XVII, um período em que Portugal precisava resguardar a costa sul do Brasil contra os espanhóis. Lá está localizado a Fortaleza de São José da Ponta Grossa.
Continua depois da publicidade
Foi em um passeio para fugir da chuva que o comerciante de São Paulo, Edson Gouveia de Barros, de 44 anos, chegou ao local, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ele se impressionou com as muralhas de pedras, os canhões de ferro fundido e com a bela vista para a Praia da Daniela.
– Com a chuva, resolvemos dar uma volta e conhecer a parte histórica da cidade. Aqui é bonito, está bem cuidado – observa Barros.
Mas nem sempre foi assim. A edificação construída em 1740, junto com as fortalezas de Anhatomirim e Santo Antônio de Ratones, foi praticamente abandonada e depredada. Em 1992, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passou a gerenciar e fez a restauração do local.
Continua depois da publicidade
– Buscamos os projetos originais idealizados pelo primeiro governador da então província de Santa Catarina, Brigadeiro José da Silva Paes, em arquivos de Lisboa e do Rio de Janeiro. A Fortaleza de São José da Ponta Grossa é um grande museu a céu aberto, mostra as técnicas construtivas do século XVII, dá para avistar o sistema triangular das outras duas fortalezas responsáveis pela defesa da Barra Norte da Ilha – explica o diretor do Projeto Fortalezas, Joi Cletison Alves.
No passeio, o visitante pode conferir desde o quartel da tropa (onde existe vestígios do piso original), o paiol da pólvora, a casa do comandante e a capela com a imagem de São José.
– Mexe com nossas sensações. Minha filha ficou arrepiada ao entrar na capela e eu senti aquele cheiro de coisa antiga. É uma viagem no tempo – afirma a paulista Nair Luiza Fernandes, de 67 anos.
Continua depois da publicidade