colunista
(Foto: NSC Total )

Neste mês de junho, assumi a presidência da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). Chego motivado pelo desafio de dar continuidade ao excelente trabalho que foi desenvolvido ao longo dos últimos tempos, do qual também fiz parte como empreendedor e, diretamente nos últimos quatro anos, como vice-presidente de negócios da ACATE. Tenho ciência do potencial do setor de inovação do nosso estado, que se tornou uma referência para outros ecossistemas do país, e a tecnologia tem um papel fundamental na transformação digital de diversos setores na retomada do desenvolvimento sustentável.

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Comecei minha trajetória empreendedora ainda na adolescência, mas foi com a ACATE que aprendi minhas principais lições. Meu maior empreendimento, a Pixeon, nasceu dentro do MIDITEC, incubadora da instituição mantida em parceria com o Sebrae-SC, e hoje é uma das referências no país no segmento da saúde. Estar em contato com outros empreendedores, ter mentoria e aprender com pessoas de referência foi complementar à minha formação acadêmica em ciência da computação e fundamental para o meu crescimento pessoal e do meu negócio. Acredito no poder de transformação quando nos unimos por um propósito, e contribuir com o ecossistema catarinense de tecnologia neste momento é a minha retribuição pelo que recebi.

Como fruto de um ecossistema unido, acredito que esse pensamento pode ser expandido para outras esferas, ajudando a sociedade como um todo. O momento atual é desafiador por conta da crise sanitária, hoje estamos forçados a ficar dentro de casa por medo do vírus, mas vejo que existem outras pequenas correntes que são colocadas em nossa vida diariamente, como o medo da violência e outras agressões sociais. É necessário que cada um de nós assuma o protagonismo na construção de uma sociedade melhor e mais justa para todos.

Nosso pensamento no ecossistema de tecnologia catarinense é o bem estar coletivo: não adianta apenas um estar bem, todos devem estar bem. E a tecnologia é um instrumento poderoso nessa transformação social. O setor é muito plural, sem discriminações sociais, de gênero e de raça.

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Outro aspecto que pode mudar de fato a sociedade é a formação de mão de obra qualificada para o setor, que tem uma alta demanda e média salarial superior a inúmeras profissões. Por isso, atuar fortemente na capacitação de talentos é um dos pilares prioritários que estabelecemos para os próximos dois anos. Números da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) apontam que o setor vai demandar 420 mil novos empregos até 2024. Iniciativas envolvendo entidades e governos são fundamentais para que os jovens estudantes conheçam a área e saibam das opções de carreira que o setor dispõe.

O segundo pilar que elegemos é o de atuar em conjuntocom os governos municipais, estadual e federal para o desenvolvimento do setor, com a formulação de políticas públicas educacionais e marcadores regulatórios para que o setor seja mais eficiente, com a formulação de leis que tragam mais segurança jurídica para as empresas. O terceiro pilar é o de continuidade ao projeto de integração regional do ecossistema, que já está refletido na composição da diretoria e conselho deliberativo, com representantes de todas a regiões do estado e empresas de todos os portes, trazendo a vivência de toda a jornada do empreendedor para a gestão da ACATE.

Esses pilares, juntamente ao Plano de Ação ACATE Covid-19, colocado em prática no início da pandemia para ajudar o ecossistema em todas as esferas, além dos inúmeros projetos que a ACATE tem em andamento, vão ao encontro do pensamento coletivo de fortalecimento e união do setor. Temos uma base forte, pessoas dispostas e capacitadas, e juntos vamos nos fortalecer cada vez mais, ajudando na transformação social e econômica  que o mundo precisa.