No desafio de enfrentar os mares, Cidade do Cabo, na África do Sul, se apresenta como uma parada estratégica para os velejadores. É na cidade portuária, que fica na costa sudoeste do país, que os barcos foram retirados da água pela primeira vez, desde a largada da The Ocean Race, em Alicante, na Espanha.
Por conta da fúria do mar, alguns reparos foram necessários e os velejadores ganharam um merecido descanso antes de partirem para o maior desafio da prova. A cidade sul-africana foi receptiva às equipes de apoio da maior regata do mundo. Mas chegou a hora de desbravar outros mares, até atracar em um novo destino.
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Neste domingo, dia 26, as cinco equipes dos veleiros da categoria Imoca começam a mais longa jornada da corrida. Pela primeira vez nos 50 anos de história da regata, as equipes vão navegar direto por mais de 23 mil quilômetros, cruzando os oceanos Índico e Pacífico, para depois retornar ao Atlântico e chegar ao litoral catarinense. Mais precisamente a Itajaí, única sede da The Ocean Race na América Latina.
– A entrega das últimas três edições foi fundamental para Itajaí ser novamente palco da The Ocean Race. Além disso, a grande participação do público, a segurança e a infraestrutura da cidade também fazem a diferença para Itajaí ser hoje, senão a principal, uma das grandes paradas da maior regata transoceânica do mundo – presidente da etapa brasileira da competição, Evandro Neiva.
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Pela quarta vez a cidade catarinense sedia uma etapa da competição, conhecida como a Fórmula 1 dos mares. Com os ventos soprando em direção a Santa Catarina, a estimativa da organização é que os barcos cheguem ao nosso litoral no dia 1º de abril. Antes disso, os fãs de vela e o público em geral poderão curtir as atrações da Vila da Regata, que abrirá as portas no dia 29 de março. Pelo local devem passar mais de meio milhão de visitantes ao longo dos 26 dias de evento.
– A nossa expectativa é a melhor possível. A própria equipe internacional da The Ocean Race aguarda com muita ansiedade a etapa de Santa Catarina – diz Neiva.
Veja o mapa com detalhes da The Ocean Race:
E toda essa espera pelo encontro com os catarinenses tem um motivo. Na edição passada, Itajaí recebeu o título simbólico de parada mais receptiva entre todas as etapas da competição. Um título que tem tudo para ser conquistado novamente.
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Conheça os barcos:
A The Ocean Race tem duas categorias: a Imoca e VO65.
Imoca
A classe Imoca usa uma regra de design de desenvolvimento que permite aos projetistas experimentar formas de casco e vela dentro de parâmetros definidos. No entanto, os mastros, as lanças e os equipamentos permanentes são de design único.
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Os barcos têm um poderoso plano de vela e uma quilha inclinada. As regras da classe também permitem o uso de foils subaquáticos retráteis, que aumentam ainda mais o desempenho levantando o barco parcialmente fora da água. O casco é construído com carbono e o barco mede 60 pés (18,3 metros).
Cinco equipes disputam a competição na categoria, que vai cruzar o mundo pelos mares. Confira no gráfico a seguir, detalhes da embarcação:
VO65
Após competirem anteriormente ao redor do mundo nas duas últimas edições da The Ocean Race, na atual edição os barcos da VO65 competem em apenas três etapas (confira no mapa acima). Construídos de acordo com regra estrita de design único, os barcos são idênticos em todos os aspectos e, portanto, extremamente equilibrados.
O casco é construído com carbono e o barco mede 65 pés (20 metros). Seis equipes disputam a categoria. Veja no gráfico a seguir os detalhes do barco:
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Com 10 pontos, a tripulação do Holcim-PRB, da Suíça, que é capitaneada pelo francês Kevin Escoffier, lidera a disputa pelo 14º título da regata de volta ao mundo. Os barcos ficarão em Itajaí até o dia 23 de abril, quando ocorrerá a largada para a nova etapa, rumo aos EUA. A competição tem como ponto final a cidade de Genova, na Itália, com a estimativa de chegada no dia 1º de julho.
Reportagem de Fernanda Moro, repórter da NSC TV, com colaboração de Everton Siemann.
Vídeo mostra detalhes da rota da The Ocean Race 2022/2023
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