O cronômetro já ultrapassou os 13 minutos e o JEC tem um escanteio a seu favor pelo lado direito. A torcida do Carlos Renaux se cala no Estádio Augusto Bauer para ver o canhoto Waldo pegar a bola com carinho e ajeitá-la para a cobrança. Ele chuta, a bola viaja com efeito e encontra a cabeça de Adilson Fernandes, que, no primeiro pau, testa firme para o fundo da rede. Com o título do Catarinense de 1981 já assegurado com o placar, aos 32 minutos do segundo tempo, Barbieri amplia e dá números finais, marcando o segundo gol do Tricolor na vitória do título sobre o Carlos Renaux, em Brusque.

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Desejado pelo Grêmio Maringá e pelo Joinville em 1980, Waldo da Silva Souza escolheu o Norte de Santa Catarina para demonstrar seu potente chute de canhota. Aliás, era com a perna esquerda que o franzino jogador do meio do campo do JEC servia os companheiros de ataque com maestria.

Revelado nas categorias de base do Flamengo, Waldo não teve problemas para se adaptar ao frio da cidade e conquistar rapidamente o posto de titular. Em 1981, Jorge Luiz Carneiro, Barbieri, Waldo e Nardela formaram um dos melhores quartetos no meio de campo que o Joinville já teve.

O Formiguinha, como o chamava o radialista Wilson França, já 100% recuperado de uma lesão no joelho, se movimentava por todos os lados, confundindo os marcadores adversários. Com as vitórias sobre o Blumenau e Criciúma fora de casa, as duas por 3 a 0, Waldo e seus companheiros já sabiam que seriam novamente campeões do Campeonato Catarinense.

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– Quando vencemos o Criciúma, fomos recebidos com festa em Joinville. Subimos em um carro de bombeiros e passeamos pelas principais ruas da cidade – lembra.

O Formiguinha largou o futebol em 1987, aos 32 anos, quando jogava pelo América-RJ.